Feira de antiguidades no Paço Alfândega tem nova edição neste domingo, a partir das 9h
Segundo Vera Costa, do Baccarat Antiques, entre os itens mais procurados estão os móveis. Já entre as esculturas, destaque para aquelas feitas em mármore
Quem entra pela porta da pequena loja na Rua Carlos Pereira Falcão, em Boa Viagem, pode até achar que viajou no tempo. Lá, móveis, quadros, bustos e outras obras de arte de um tempo longínquo estão dispostos para exposição e venda. Trata-se do antiquário Baccarat Antiques, gerenciado por Vera Maria de Melo Costa.
Vera, ao lado de outros donos de antiquários, é também uma das responsáveis pela Feira de Antiguidades, que ocorre sempre no primeiro domingo de cada mês, com entrada gratuita, no Shopping Paço Alfândega (Recife Antigo), há mais de dez anos.
“Temos um público fiel e direcionado, o espaço nos permite mostrar o material, e as pessoas que visitam já sabem o que querem”, afirma Vera, em entrevista à Folha de Pernambuco.
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Há mais de 20 anos, ela comanda o Baccarat Antiques. “Os itens mais procurados são quadros, móveis. Eles vêm de toda parte. Às vezes são famílias que não querem mais, outras vezes nós compramos de outros lugares”, explica.
A maioria das peças vendidas por Vera passa por um processo delicado de restauração, principalmente os vasos e esculturas. “Algumas coisas chegam em bom estado, então são feitas intervenções mínimas. Isso serve para dar maior durabilidade às peças, e ainda resgatar o charme original”, afirma.
Na loja, as peças de maior destaque, segundo a própria dona, são as esculturas em mármore, de tempos que remetem até mesmo à época do Brasil imperial. Tudo com uma impressionante riqueza de detalhes e excelente conservação.
Ela explica ainda que o preço de cada peça pode variar bastante: “Tem desde louças, talheres de R$ 50, R$ 100... Até coisas mais elaboradas, bustos por exemplo, quadros que podem sair por mais de R$ 50 mil”.
Vera e outros antiquários ocupam espaço montado no primeiro andar do Paço Alfândega. A feira já ocorre há 12 anos, e tem edição confirmada neste domingo (6), a partir das 9h.
“Antes nós ficávamos no térreo, agora como temos um espaço mais reservado, podemos ter uma relação melhor com o cliente. Quem vai já é o público direcionado, que sabe exatamente o que quer, nos ajuda até mesmo a definir melhor quais objetos levar”, explica.
Ela acrescenta ainda que a atividade é exercida, antes de tudo, por paixão. Tanto Vera como os outros antiquaristas acreditam na importância da preservação da memória, através dos objetos vendidos. “Posso vender pouco em um dia, mas só de ver as pessoas se interessando, já é uma alegria”, pontua.