RIO DE JANEIRO

Helicóptero da polícia é alvo de disparos de criminosos no Rio; é o segundo caso em menos de um mês

Incidente ocorreu quando a Coordenadoria de Recursos Especiais realizava apoio aéreo em uma operação em área de mata

Helicóptero da polícia é alvo de disparos de criminosos no Rio; é o segundo caso em menos de um mês - TV Globo/Reprodução

Um helicóptero da Polícia Civil do Rio de Janeiro foi alvo de disparos por criminosos nesta quinta-feira, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. Segundo a corporação, a aeronave esbarrou em uma rede elétrica ao desviar dos tiros.

O incidente ocorreu quando a Coordenadoria de Recursos Especiais (SAER/Core) realizava apoio aéreo em uma operação em área de mata para auxiliar na captura de criminosos armados. É o segundo caso desse tipo em menos de um mês. No dia 12 de fevereiro, uma aeronave da Polícia Militar foi atingida por disparos de fuzil.

Durante o voo em baixa altitude, criminosos dispararam contra o helicóptero. Ao realizar manobras para evitar ser atingida, a aeronave tocou em fios da rede elétrica. Segundo a polícia, os pilotos conseguiram controlar a situação. A aeronave não foi atingida, e nenhum membro da equipe ficou ferido.

Em nota, a Polícia Civil informou que operações aéreas desse tipo são consideradas de alto risco devido à baixa altitude em que as aeronaves precisam operar.

"Isso, por si só, representa um desafio significativo, além dos riscos inerentes a possíveis confrontos com criminosos armados, à existência de redes de alta tensão e a outros obstáculos", diz um trecho da nota.

Outros ataques
No início do mês, no dia 12 de fevereiro, um helicóptero blindado da PM foi atingido por tiros de fuzil e teve de fazer um pouso de emergência no Comando Naval da Marinha, na Penha. A aeronave dava apoio no cerco ao traficante Peixão, que estaria escondido na comunidade, na altura da Cidade Alta, em Cordovil.

Em março de 2023, dois helicópteros das polícias Civil e Militar também foram atacados a tiros na mesma semana. O primeiro foi na Cidade de Deus, na Zona Oeste do Rio, quando uma bala atingiu a blindagem da parte externa do assoalho de uma aeronave da PM. O projétil não atravessou o material.

O segundo caso foi na comunidade do Salgueiro, em São Gonçalo, quando o helicóptero da Polícia Civil dava suporte à ação que resultou na morte do traficante Leonardo da Costa Araújo, o Léo 41, chefe de uma facção criminosa no Pará.

Na época, o governador Claudio Castro publicou um vídeo em sua conta do Instagram, mostrando a aeronave da Civil com duas perfurações: uma perto do rotor, outra na blindagem lateral. O protocolo nessas situações é o retorno imediato para a base ou para um local seguro mais próximo.