Cid explica em delação codinome 'professora' de Moraes
Íntegra dos depoimentos de tenente-coronel foi liberada pelo STF
O tenente-coronel Mauro Cid afirmou em delação premiada que o monitoramento feito contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), foi solicitado pelo então presidente Jair Bolsonaro. Em vídeo que teve o sigilo retirado nesta quinta-feira, Cid explica ainda o codinome ‘professora’ dado ao relator do caso da tentativa de golpe.
— O último monitoramento, que a gente faz aquela brincadeira , de professora e tal, foi o próprio presidente que pediu. Inicialmente, eu entendi. Essa foi a informação que eu recebi. E novamente eu usei o coronel (Marcelo) Câmara para tentar colher essa informação — diz Cid, em depoimento prestado ao próprio Moraes.
Preso em fevereiro de 2024, o o coronel da reserva do Exército Marcelo Câmara, ex-assessor especial da Presidência, é apontado como o responsável por coordenar o "núcleo de inteligência paralela" que acompanhou os passos de Moraes.
Ainda no depoimento, Cid explica que “o pessoal queria saber por onde o senhor iria estar”.
— A informação é que seria porque o senhor iria se encontrar com o general Mourão ou alguém do governo, e o presidente estava meio nervoso com isso aí. E aí eu usei novamente o coronel Câmara para tentar colher essa informação — completou.