reforma ministerial

Com reforma iminente, Lula diz que um ministério de seu governo "não sabia o que estava fazendo"

Declaração foi dada na presença da ministra Nísia Trindade (Saúde), com nome listado para deixar o governo

Lula discursa durante evento de aniversário de 45 anos do PT no Rio - Sérgio Silva/Fundação Perseu Abramo

Em meio à expectativa por uma reforma ministerial, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou que uma de suas pastas “não sabia o que estava fazendo”.

A declaração foi dada na manhã deste sábado, no aniversário do PT no Rio, em meio à confirmação de que Nísia Trindade (Saúde) deixará o ministério.

— Fiz uma reunião ministerial há vinte dias e descobri na reunião que um ministério do governo não sabe o que estava fazendo. Se o ministério não sabe, o povo muito menos — disse, o presidente, sem deixar claro a qual pasta estava se dirigindo.

Nísia Trindade, mesmo sem ser filiada ao PT, estava no palco.

Por ser uma pasta estratégica, o ministério sempre foi alvo de desejo dos partidos, enquanto a ministra sempre representou uma indicação técnica e não política.

Quem deve substituí-la é o atual ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha (PT), que sentou ao lado de Nísia no ato desde sábado.

A reforma ministerial pode fazer com que o PT some mais um cargo de poder, uma vez que o partido deve continuar com o comando das Relações Institucionais.

O que explica esta possibilidade é um desinteresse do centrão. O ex-presidente da Câmara, Arthur Lira (PP), chegou a ser cotado para o cargo, mas as negociações não vingaram, diante da queda de popularidade do governo. Um dos nomes que despontam para substituir Padilha é o do atual líder de governo na Câmara, José Guimarães.

O caso de Márcio Macedo envolve a possível indicação da presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, para ocupar o seu lugar na Secretaria-Geral da Presidência da República.

Neste contexto, ele poderia vir a concorrer ao cargo de tesoureiro.

O cenário, contudo, não é simples: Gleisi quer a reeleição e tem força no partido, sendo uma das principais responsáveis pela nomeação de Macaé Evaristo no Ministério da Igualdade Racial.