OPINIÃO

O Desarranjador global

Antes, durante e depois do traumático processo eleitoral americano mudanças ocorreram, infelizmente para pior, desta feita não apenas para os EUA, mas estendendo-se para todo o mundo, vez que o conceito de “great again” incorpora não apenas os saudáveis e recomendáveis aspectos de justiça e liberdade, que o processo democrático oferece a todos sem distinção de qualquer natureza, mas também como expressão de poder do famoso “quero, posso e mando!”.

Com efeito, as vítimas do fato consumado, garantido pela vitória eleitoral, não acordaram a tempo de perceberem a amplitude global das insanas intenções, até então insinuadas e o perigo que poderiam representar para além dos muros de Mar a Lago.

É inimaginável o alcance do que pode estar a caminho como fruto dos estratosféricos sonhos e desejos do poderoso gestor e de seu literalmente lunático estado-maior, capazes de tentar reeditar os mais tenebrosos feitos do passado terrestre, superando o “Big Bang”.

Para alguns super dotados de poder transformador, a quietude ao contrário de representar a paz, pode ser o sepulcral silêncio dos mortos, incapazes de achar certo ou errado o que quer que seja, desnecessários como viventes, ocupando apenas preciosos espaços físicos reservados para outras destinações.

Percebe-se como pano de fundo do cenário atual um claro redesenho na geopolítica internacional, no sentido de um rearranjo geral, envolvendo aspectos políticos, geográficos, institucionais e outros, tão contundentes e transformadores que em alguns aspectos aludem a um verdadeiro armagedom, parecendo no alcance cósmico da alopração, a aceleração do processo de colonização de Marte, para o qual o primeiro estágio seria o de “guerra nas estrelas” para um ensaio geral. 

Os insistentes e ameaçadores detalhes do plano, que se apresenta como a grande novidade dessa primeira quadra do século XXI, são apenas discretos e perigosos aperitivos da refeição que será servida em breve aos seletos comensais do diabólico processo que está a caminho.

Como contribuição para uma reflexão mais aprofundada sobre o que está ocorrendo, a partir das iniciativas de repercussão global que estão sendo levadas a efeito pelo novo e poderoso gestor americano, estranhamos a longevidade do mandato de apenas quatro anos, aparentemente muito curto para acomodar no médio prazo o elenco de pretensões já anunciadas, regadas a vodka, caviar, hambúrgueres e outros acepipes, na comemoração antecipada da magistral proeza, verdadeiro buraco negro a sugar tudo e todos, quem viver verá. 




* Consultor empresarial (mgmaranhao@gmail.com).

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