Justiça

Réu pelo 8 de janeiro, Léo Índio diz à rádio que está morando na Argentina

Nesta quinta, a Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) formou maioria de votos para negar recurso da defesa do primo dos filhos do ex-presidente Bolsonaro

Leo Índio e Jair Bolsonaro - Léo Índio alega ter fugido para a Argentina em vídeo enviado à rádio - Reprodução

Réu por envolvimento no 8 de janeiro, Leonardo Rodrigues de Jesus, o Léo Índio, disse nesta quinta-feira que está morando na Argentina.

A declaração foi feita por meio de um vídeo enviado à rádio Massa FM, de Cascavel (PR). Leo Índio é primo dos filhos mais velhos do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Nesta quinta, a Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) formou maioria de votos para negar recurso da defesa de Léo Índio.

A PGR acusou Leo Índio de cinco crimes: golpe de estado, tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito, associação criminosa armada, dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado.

Léo Índio alega no vídeo estar na Argentina há mais de 20 dias. Ele diz ainda ter uma permissão que precisa ser renovada a cada três meses e afirma temer ser preso:

— Por ter uma selfie minha nos arredores da Praça dos Três Poderes fui colocado nesse processo do 8 de janeiro — diz Léo Índio na gravação enviada à rádio, na qual alega ainda ter fugido para a Argentina por "perseguição política" — Infelizmente para a direita e para os aliados da direita a anistia não está sendo prioridade.

Em resposta à denúncia apresentada no processo, a defesa de Leo Índio afirmou que ele "não participou de qualquer ato de invasão ou depredação de patrimônio público, estando presente apenas em uma manifestação pacífica, a qual evoluiu para um tumulto inesperado".

Na denúncia, a PGR afirma que Leo Índio "registrou e divulgou na internet imagens em frente ao Congresso Nacional, no momento em que participava dos atos de invasão e depredação às sedes dos Três Poderes".

Além disso, afirma que ele "também esteve envolvido em outras atividades de cunho antidemocrático, dentre elas as manifestações ocorridas em acampamentos erguidos após as eleições presidenciais de 2022, em frente a unidades militares".