Banco Central quer entregar inovações no Pix, diz Galípolo ao comemorar 60 anos da instituição
Presidente do BC também disse ser um desafio tentar normalizar a política monetária do Brasil
O Banco Central (BC) pretende entregar mais inovações no sistema de pagamentos Pix. A informação foi dada pelo presidente da autoridade monetária, Gabriel Galípolo, durante a cerimônia de comemoração aos 60 anos da instituição.
Segundo Galípolo, a ideia é melhorar o pagamento por aproximação, que já é usado por uma parcela da população; além de Pix parcelado; e o usar o fluxo de depósitos como garantia em empréstimos para aquelas pessoas que não têm uma remuneração recorrente.
O presidente do BC disse que pretende ainda evoluir com a segurança do sistema de pagamentos e com a agenda do Drex (Real digital).
O evento de comemoração aos 60 anos contou com a presença de ministros como Fernando Haddad (Fazenda) e Simone Tebet (Planejamento), além dos presidentes da Câmara, Hugo Motta (Republicamos-PB), e do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP).
Durante sua fala, Galípolo também disse ser um desafio tentar normalizar a política monetária do Brasil, mas que vê com bons olhos a democratização do assunto.
— Vejo com muitos bons olhos quando debate sobre política monetária se democratiza. Acho que a autonomia significa que BC precisa prestar mais contas e explicar melhor.
Galípolo também elogiou seu antecessor, Roberto Campos Neto, ao dizer que diversas contribuições foram dadas por ele ao Banco Central.
— Roberto Campos colocou diversas contribuições aqui. Ele me permitiu passar por essa transição do BC, tenho muito orgulho de ter passado por esse processo num momento de polarização da sociedade e que o BC conseguiu dar esse exemplo, convivemos da melhor maneira, do ponto de vista técnico e profissional.
Também serão realizados dois painéis com os ex-presidentes Roberto Campos Neto, Ilan Goldfajn, Alexandre Tombini, Henrique Meirelles, Arminio Fraga, Gustavo Franco, Gustavo Loyola, Pedro Malan e Wadico Waldir Bucchi. O BC foi criado durante o governo do general Humberto de Alencar Castelo Branco, o primeiro presidente da ditadura.