BRASIL

É menos grave do que esperávamos, diz presidente da bancada ruralista sobre tarifaço de Trump

Congresso brasileiro respondeu aos Estados Unidos com lei que permite sanções comerciais

O presidente da FPA, Pedro Lupion (PP-PR) - Pablo Valadares/Câmara dos Deputados

O presidente da Frente Parlamentar Agropecuária (FPA), Pedro Lupion (PP-PR), afirmou que as tarifas apresentadas pelo presidente americano Donald Trump para os produtos brasileiros, de 10% de alíquota, é menos grave do que o setor esperava e que a taxação poderá ser uma oportunidade para que outros países busquem as commodities brasileiras.

Trump impôs tarifas adicionais no valor de 10% a todas as exportações brasileiras aos EUA. O governo brasileiro diz avaliar possibilidades para "assegurar a reciprocidade no comércio bilaterial".

 

O Congresso Nacional aprovou o projeto de lei que permite ao Brasil responder com sanções comerciais os países que não mantenham uma relação de isonomia econômica, chamado de projeto da reciprocidade. O texto vai à sanção do presidente Lula.

— A tarifa de 10% é menos grave do que esperávamos. A média de taxa hoje para os produtos do Brasil é de 5%. Eu estava pessimista, esperava uma tarifa maior. Acho que isso abre oportunidade para nós dos demais países procurarem o Brasil para comprar as commodities, do que os EUA — disse Lupion, líder da bancada do agro.

Assim como o governo brasileiro, Lupion acredita que as respostas comerciais precisam ser dadas co cautela.

— Vai ter um impacto, mas precisamos analisar. Acho que não seria positivo uma tarifa geral para todos os produtos (americanos), precisamos tratar especificamente produto por produto. A resposta também não precisa ser imediata. Ainda temas dúvidas se as tarifas são adicionais ou serão complementares. Agora, os EUA tem superávit comercial com o Brasil, estamos equilibrando o jogo mais uma vez — afirmou.