Pela anistia, Nikolas quer bater recorde do vídeo em defesa do pix
Em busca de apoio para o projeto da anistia, o deputado publicou na quinta-feira passada um vídeo em prol da proposta que beneficia condenados pelos atos de 8 de janeiro de 2023
Quando se insurgiu contra as mudanças que o Governo queria promover no Pix, o deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) bateu um recorde: em pouco tempo, atingiu a marca de 300 milhões de visualizações no Instagram. Na gravação, disse que o governo tentou monitorar trabalhadores informais como se fossem “grandes sonegadores”. O número de visualizações do vídeo é maior que a população brasileira, que possui 212,6 milhões de habitantes, de acordo com o último censo demográfico.
Em busca de apoio para o projeto da anistia, o deputado Nikolas Ferreira (PL-MG) publicou na quinta-feira passada um vídeo em prol da proposta que beneficia condenados por participar dos atos de 8 de janeiro de 2023. O parlamentar repetiu o mesmo modelo usado no caso Pix, que viralizou no início do ano. Na gravação, ele comparou o episódio do 8 de janeiro com a luta antirracista em prol de direitos civis nos Estados Unidos.
A gravação tem cerca de sete minutos. O deputado menciona casos de pessoas investigadas por participar das invasões e depredações das sedes dos Três Poderes, em Brasília. Nikolas se refere ao caso de Débora Rodrigues dos Santos, que pichou com batom um monumento tombado. “A injustiça contra uma mulher virou um marco de uma luta coletiva”, afirmou.
Em março, Débora foi condenada a 14 anos de prisão, mas foi transferida para a prisão domiciliar. Desde então, o caso tem sido explorado pela oposição para reforçar o apelo do projeto da anistia, que ainda está parado na Câmara. A anistia é tratada pela bancada do PL como a “pauta única” e prioritária da sigla. O projeto, no entanto, enfrenta resistência no Congresso Nacional.
A bancada do PL ainda não conseguiu apoio suficiente para um requerimento de urgência que possa agilizar a análise do texto. Entre deputados da direita, Nikolas é um dos que têm maior engajamento nas redes sociais. O segmento recorre ao apoio nas redes para tornar a anistia uma pauta popular. Nas últimas semanas, atos esvaziados tanto em prol da anistia quanto contra a proposta mostraram que o tema ainda não mobiliza a população.