Desconfortos na barriga?

A Síndrome do Intestino Irritável é desordem digestiva que pode ser diagnosticada por diferentes sintomas. Conheça sua origem e as formas de controle

Uns não se livram de dores frequentes do estômago. Outros passam dias sem nem conseguir ir ao banheiro. Essas perturbações, que variam de pessoa por pessoa, podem soar o alerta para a chamada Síndrome do Intestino Irritável. O problema é diagnosticado no consultório médico a partir de uma análise completa do estilo de vida do paciente, que geralmente está no contexto de estresse, sedentarismo e alimentação nem um pouco equilibrada para o bom funcionamento do corpo.

Considerado um transtorno crônico que pode ser desenvolvido ao longo do tempo, o desafio é saber controlar para evitar a frequência de incômodos. Segundo a nutricionista Tamyres Batista, isso acontece porque o tema ainda vem sendo estudado exaustivamente pela comunidade científica, de olho nas causas, efeitos e tratamentos. “Mas eles já apontam alguns motivos importantes como o consumo de alimentos que irritam o estômago, a exemplo daque­les muito industrializados e, em alguns casos, laticínios e seus derivados”, comenta a especialista.

Outro gatilho está diretamente relacionado com a liberação hormonal. “Quando as mulheres estão próximas do ciclo menstrual, elas se tornam mais sensíveis a alguns alimentos. E, sendo assim, são elas que estão mais sujeitas ao problema, pelo menos até os 45 anos de idade”, completa. As perturbações incluem gases, diarreia, náuseas, prisão de ventre e dores abdominais. Mas, por serem sintomas também relacionados a outros problemas sérios de saúde, a orientação é procurar um diagnóstico clínico na tentativa de descartar, por exemplo, inflamações, tumores ou infecção intestinal por meio de exames de sangue e de imagem.

“O tratamento será para alívio e controle dos sintomas. Se o paciente, naquele momento, sentir muitas dores, ele deverá mudar hábitos como um todo, inserindo exercícios físicos na rotina, além de consumir mais água e selecionar melhor seus alimentos. Pode-se retirar por um período leites e seus derivados e o glúten”, pontua Batista ao lembrar, ainda, que essas interferências vai depender de cada pessoa, num acordo entre nutricionista e paciente em ir medindo o alívio ou não dos sintomas. Também faz parte do tratamento, acompanhar se o distúrbio também vem interferindo em ações simples do dia a dia, como problemas para dormir, boca seca, fadiga, desânimo e até ansiedade.