CASO DIDDY

Juiz nega pedido de Sean "Diddy" Combs para adiar julgamento

Na segunda-feira, o rapper e produtor musical se declarou inocente de duas novas acusações de tráfico sexual e transporte para prostituição

Sean Diddy Combs é acusado de tráfico sexual e extorsão - Reprodução/X

O juiz federal que preside o caso de Sean "Diddy" Combs sobre tráfico sexual e outras acusações negou, nesta sexta-feira, o pedido do magnata da música para adiar seu julgamento por dois meses, dizendo que ele tem bastante tempo para se preparar.

Na segunda-feira, o rapper e produtor musical se declarou inocente de duas novas acusações: uma acusação de tráfico sexual e uma acusação de transporte para fins de prostituição.

O juiz Arun Subramanian ordenou que o julgamento de Combs, 55, acusado por várias mulheres de tráfico e exploração sexual, comece conforme programado em 5 de maio. A previsão é de que dure entre oito e dez semanas.

O magnata da música negou todas as acusações até agora, insistindo que todos os atos sexuais foram consensuais, e assentiu vigorosamente na sexta-feira, quando o juiz lembrou ao tribunal que Combs é inocente até que se prove o contrário.

"Não está claro por que (...) não há tempo suficiente, especialmente considerando os quatro escritórios de advocacia que o Sr. Combs agora tem representando-o", disse o juiz em uma audiência pré-julgamento em um Tribunal Distrital Federal no sul de Manhattan.

O principal advogado de Combs, Marc Agnifilo, pediu uma extensão para analisar novas evidências. "A nova conduta (relatada) não é nova", respondeu o juiz.

As acusações contra o vencedor do Grammy vêm aumentando desde o final de 2023, quando sua ex-parceira, a cantora e atriz Casandra Ventura, conhecida como Cassie, o acusou de coerção física e estupro.

Junto com o processo criminal federal, Combs enfrenta uma montanha de processos civis alegando abusos cometidos pelo artista, auxiliado por uma rede leal de funcionários e associados.

Declaração de inocência
Diddy se declarou inocente a uma nova acusação que adiciona alegações ao seu caso federal nos EUA por tráfico sexual e extorsão. A acusação complementar afirma que, enquanto o magnata do hip-hop abusava sexualmente de pessoas e as coagia a participar de festas regadas a drogas com ameaças e violência, ele também forçava funcionários a trabalhar longas horas enquanto exigia seu silêncio.

As alegações públicas contra o vencedor do Grammy vêm aumentando desde o final de 2023, quando a cantora Cassie, cujo nome verdadeiro é Casandra Ventura, afirmou que Combs a submeteu a mais de uma década de coerção por meio de força física e drogas, além de um estupro em 2018.

Além do caso criminal federal, Combs enfrenta uma série de processos civis, com denúncias que relatam abusos aterrorizantes cometidos pelo artista com a ajuda de uma rede leal de funcionários e associados.

O ex-superastro do rap está preso desde setembro, período em que começou a aparentar envelhecimento visível, com cabelos grisalhos mais evidentes.