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Vera Fischer relembra passado com drogas e cita prazer sexual aos 73 anos

Em estreia de quadro no Fantástico, da TV Globo, atriz revisita polêmicas e diz que 'endeusamento' por beleza nunca a fez bem: "Excessivo"

A atriz Vera Fischer - Carlos Costa

A atriz Vera Fischer abriu o verbo — sem fugir de temas cabeludos — na estreia do quadro "Pode perguntar", do programa Fantástico, da TV Globo, no último domingo (27).

A atração tem como proposta aproximar pessoas do espectro autista de personalidades públicas por meio de uma dinâmica de perguntas e respostas.

No lançamento, a artista respondeu a uma série de questionamentos sobre a vida pessoal, sem evitar temas delicados, como o passado com drogas.

Vera relembrou que os atos de maior gentileza que já recebeu vieram dos filhos — Rafaella, fruto do relacionamento com Perry Salles; e Gabriel, fruto do relacionamento com Felipe Camargo. Ambos a apoiaram no tratamento contra a dependência química, como ela ressaltou.

"Minha filha, que tem 42 anos agora, na época que eu me drogava ficou muito mal, muito preocupada. Ela armou um esquema de me mandar pra Argentina pra ser internada num lugar onde as pessoas aqui não pudessem interferir, a imprensa, nem nada. Fui muito bem tratada lá. E meu filho fez um bilhete quando estava no primário, que dizia: 'Mamãe, fique sempre linda, nunca fique na chuva para se molhar, fique sempre trabalhando para não ficar pobre e fique sempre bonita de coração. Isso tenho emoldurado ao lado da minha cama. Foram dois gestos muito simbólicos e muito lindos", contou ela.

Ao ser questionada sobre a juventude e o tumultuado casamento com o ator Felipe Camargo, a atriz comentou que passou a usar drogas nesse período.

"Fomos muito felizes, viu? É que tem casamentos que acabam... E eu me envolvi com drogas? Sim, mas também quem já não se envolveu com outras coisas, ou drogas lícitas, ilícitas, bebidas e coisas mais pesadas?", afirmou.

Ela detalhou que, nesse período, acabou desenvolvendo uma dependência química a partir da cocaína:

"Tem gente que morre, infelizmente, mas não foi o meu caso porque também não foi tão intenso assim. A cocaína é uma coisa que dá um poder para a pessoa, a pessoa se sente muito poderosa. Eu sou uma pessoa que nunca precisaria disso, mas tivemos muitas brigas. Por ciúmes, incompreensão e também imaturidade."

Em outro momento, a atriz — que, na juventude, era tida como um símbolo sexual — foi diretamente questionada se faz sexo hoje em dia. Ao que ela respondeu:

"Eu tô com 73 anos, e sabe como eu faço sexo? Eu comigo mesma. Já ouviu falar em masturbação? É ótimo. É uma terapia maravilhosa. Você não precisa do outro. Gosto muito de saber de mim, de gostar de mim", declarou ela, afirmando que o fato de ser tratado como "deusa" nunca a fez bem. "Nunca me fez bem o endeusamento (pela beleza). Eu era chamada de 'deusa' por causa da novela Jocasta. Mas, para mim, tudo isso era um pouco excessivo", disse ela.