CLÁSSICOS

Nana Caymmi: canções inesquecíveis na voz da cantora

Uma playlist com canções do pai Dorival, boleros, sambas-canções e clássicos da moderna MPB na voz da estrela que morreu nesta quinta-feira (1)

Em 65 anos de carreira, Nana Caymmi gravou alguns dos maiores clássicos da Música Popular Brasileira - Instagram/Reprodução

De canções do pai Dorival a boleros, sambas-canções e clássicos da moderna MPB, são muitos os sucessos da cantora Nana Caymmi, que morreu nesta quinta-feira (1), aos 84 anos.

Em 65 anos de carreira, Nana Caymmi gravou alguns dos maiores clássicos da Música Popular Brasileira, que em sua voz ganharam versões definitivas.

Em uma lista, o Globo enumera 10 razões para se apaixonar por essa que é uma das maiores intérpretes da MPB, e abaixo uma breve história das músicas, algumas acompanhadas de vídeo para que você possa ouvir junto.

“Só louco”

O samba-canção de 1956 do pai Dorival ganhou uma interpretação rica, com cordas e contornos jazzy de guitarra, lançada por Nana Caymmi em seu LP de 1975. Um clássico dos shows da cantora.

“Resposta ao tempo”

Bolero composto por Cristóvão Bastos e Aldir Blanc , que tocou muito em 1998 na gravação de Nana, na abertura da minissérie “Hilda Furacão”. O maior sucesso popular da carreira da artista.

“Balanço Zona Sul”

Em um de seus mais recentes discos, de 2019, Nana Caymmi prestou uma homenagem a Tito Madi , cantor e compositor do samba-canção que influenciou a bossa nova com esse e outros balanços.

“Cais”

Uma das grandes obras de Milton Nascimento, feita especialmente para Nana (para a trilha da novela “Sinal de alerta”) e por ela cantada com toda a dramaticidade e virtuosismo exigidos.

“A noite do meu bem”

Mulher que, assim como Nana, conseguiu se impor e fazer-se respeitada no meio masculino da música, Dolores Duran (1930-1959) teve essa gema do samba-canção lapidada em 1995 pela artista.

“Voz e suor”


No LP de 1983, acompanhada pelo piano de Cesar Camargo Mariano e nada mais, Nana se sagrou de vez como grande intérprete da MPB – em especial com essa faixa-título, de Sueli Costa e Abel Silva.

 

“Solamente uma vez”

Apaixonada por boleros, a cantora gravou discos dedicados ao gênero a partir dos anos 1990, e conseguiu extrair novidades até mesmo dessa muito reprisada composição do mexicano de Agustín Lara.

“Mudança dos ventos”

Na voz de Nana, a canção de Ivan Lins e Vitor Martins ganhou sensualidade e beleza. E veio a dar título a seu ousado LP de 1980, no qual ela ainda gravou Djavan (“Meu bem querer”) com o Boca Livre.

“Saveiros”

Música do irmão Dori Caymmi, letrada por Nelson Motta , com a qual os dois garotos e uma também jovem Nana Caymmi ganharam o primeiro Festival Internacional da Canção, no ano de 1966.

“Acalanto”


Estreia da cantora em disco, em 1960, em dueto com Dorival Caymmi. Era a canção de ninar que o pai fizera para ela, dos imortais versos “boi da cara preta / pega essa menina que tem medo de careta”.