Como a polícia descobriu o atentado à bomba planejado para o show de Lady Gaga
Informação chegou a Polícia Civil pelo serviço de inteligência e pelo Disque-Denúncia
A informação sobre o atentado à bomba no show de Lady Gaga em Copacabana, no último sábado, chegou à Polícia Civil do Rio 10 dias antes do evento, por meio do serviço de inteligência. Segundo o delegado Felipe Curi, secretário da pasta, o crime também foi denunciado antecipadamente ao Disque-Denúncia, que repassou os detalhes à corporação e ajudou a confirmar o ataque.
No dia do show, um homem apontado como chefe do grupo foi preso em Rio Grande do Sul, e um adolescente foi apreendido no Rio pela suspeita de participação. Ao todo, oito criminosos foram identificados.
O grupo, de acordo com a polícia, disseminava ódio e preparava um plano para realizar ataques contra o público da cantora. As ações de planejamento eram elaboradas por meio de uma plataforma de mensagem e áudio e envolveriam uso de coquetéis molotov e outros explosivos artesanais.
Em coletiva nesta segunda-feira, Curi também pontuou que a investigação terá novos desdobramentos a partir da análise do que foi apreendido com os suspeitos. O homem preso foi liberado pela Justiça do Rio Grande do Sul após pagamento de fiança.
A pedido da polícia, 15 endereços ligados aos suspeitos foram alvos de cumprimento de mandados de busca e apreensão emitidos pelo Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro. Todos são investigados por terrorismo e incitação ao crime.