VATICANO

Turistas lotam Capela Sistina em reabertura pós-conclave

Santa Sé já recolheu o forno usado para queimar os votos e a famosa chaminé que soltou a fumaça branca para sinalizar a eleição do Papa

Para dar vazão ao público na Capela Sistina, a segurança precisou adotar um esquema de pare e siga - reprodução

Uma legião de turistas lotou a Capela Sistina nesta segunda-feira, primeiro dia de visitação após o conclave que elegeu Leão XIV. O local foi reaberto cinco dias depois da escolha do Papa.

Para dar vazão ao público, a segurança precisou adotar um esquema de pare e siga. Quem desobedecia às ordens arriscava ser repreendido por guardas com alto-falantes.

A capela reabriu em sua configuração normal. Foram retirados o tablado, as mesas e as cadeiras que acomodaram os 133 cardeais eleitores.

A Santa Sé também recolheu o forno usado para queimar os votos e a famosa chaminé que soltou a fumaça branca para sinalizar a eleição do Papa.

Mesmo sem os bloqueadores de celular usados no conclave, quem tentou usar aplicativos de mensagens teve dificuldade para conseguir sinal de internet.

Foto: Andreas Solaro/ AFP

Com a capela tão cheia e barulhenta, a experiência dos turistas foi bem diferente da vivida pelos cardeais.

Ainda assim, brasileiros comemoraram a possibilidade de ver com os próprios olhos o cenário do conclave.

— Comprei os ingressos antes de o Papa Francisco morrer. Foi uma benção poder estar aqui no dia da reabertura — vibrou o mineiro Vinícius Borges.

Ele pagou 40 euros (cerca de R$ 250) pelo ingresso num site de turismo. Além de visitar a capela, recebeu um audioguia para percorrer os Museus do Vaticano.

A professora Maria Lucila Lago, de Brasília, estava deslumbrada com a beleza do afresco do “Juízo Final”, de Michelangelo.

Ela reservou a viagem com amigas após a morte de Francisco. Um padre da Arquidiocese de Brasília liderava o grupo no papel de guia turístico.

— É uma emoção muito grande entrar aqui. Mas podiam deixar a gente tirar foto, né? — disse a professora, que precisou guardar o celular na bolsa até sair da capela.