PF investiga esquema de funcionários 'fantasmas' na Assembleia Legislativa do Amapá
Segundo investigação, servidores eram obrigados a repassar parte dos salários recebidos a parlamentares
A Polícia Federal realizou, nesta terça-feira, uma operação para apurar um suposto esquema de apropriação indevida de recursos públicos por meio da nomeação de servidores fantasmas em gabinetes parlamentares da Assembleia Legislativa do Estado do Amapá (ALAP). Chamada de Operação Vinculum, ela foi realizada em conjunto com a Procuradoria Regional Eleitoral no estado.
Foram cumpridos seis mandados de busca e apreensão, na Assembleia e na casa de suspeitos. O Tribunal Regional Eleitoral (TRE) determinou o bloqueio de recursos no valor de até R$ 1,4 milhão.
A ação é um desdobramento de outra operação realizada em março de 2023, na qual foram identificados indícios de atos ilícitos de natureza eleitoral. "Entre as suspeitas, destaca-se a nomeação de pessoas sem vínculo funcional efetivo com os gabinetes, com a finalidade de desviar parte dos salários pagos com recursos públicos", informou a PF.
Conforme a investigação, servidores “fantasmas” eram obrigados a repassar parte dos salários recebidos a parlamentares ou intermediários, que os utilizavam em gastos pessoais e de campanhas eleitorais. A polícia estima que o valor desviado ultrapasse R$ 50 mil por mês.