Diamante azul 'excepcionalmente raro' que roubou a cena em exposição é vendido por R$ 120,9 milhões
Peça atraiu disputa intensa de lances em leilão em Genebra
Um diamante azul excepcionalmente raro foi a leilão em Genebra na noite desta terça-feira e acabou vendido por US$ 21,5 milhões (o equivalente a R$ 120,9 milhões, na cotação atual), informou a casa de leilões Sotheby's.
"O Azul Mediterrâneo", um diamante azul vibrante de 10,3 quilates e de valor estimado anteriormente em US$ 20 milhões, atraiu uma intensa disputa de lances.
Os lances começaram com 9 milhões de francos suíços (US$ 10,8 milhões), com uma disputa acirrada até que o diamante fosse finalmente vendido a um colecionador particular americano, cujo nome não foi divulgado, por 17,9 milhões de francos (US$ 21,5 milhões), informou a Sotheby's.
O Azul Mediterrâneo, um diamante azul novinho em folha extraído recentemente das lendárias minas de Cullinan, na África do Sul, gerou enorme entusiasmo na indústria desde seu primeiro anúncio em março, informou a casa de leilões.
Antes de sua exibição final em Genebra, na terça-feira, o diamante foi revelado como parte da exposição de estreia da Sotheby's em Abu Dhabi, no mês passado. Foi exibido ao lado de outros sete diamantes e pedras preciosas "extraordinários", avaliados coletivamente em mais de US$ 100 milhões.
— No topo da pirâmide de raridades estão os diamantes azuis — disse Quig Bruning, chefe de joias da Sotheby's na América do Norte, Europa e Oriente Médio, na exposição em Abu Dhabi.
Após atuar como leiloeiro no evento de terça-feira, ele saudou a gema como "sem dúvida a pedra que define a temporada", afirmando em um comunicado que ela "está entre os melhores diamantes azuis que já vendemos".
Tobias Kormind, chefe da maior joalheria online de diamantes da Europa, a 77 Diamonds, mostrou-se menos otimista, descrevendo a venda como "menos deslumbrante do que o previsto".
— O diamante superou a estimativa de US$ 20 milhões, sugerindo que houve um interesse significativo — reconheceu. — Mas uma incerteza maior, incluindo as atuais tensões comerciais entre os EUA e a China, pode ter diminuído a confiança dos licitantes e silenciado o que poderia ter sido uma atmosfera mais frenética.