Consumo excessivo de conteúdo: como equilibrar a questão na era da informação
'Para os profissionais de comunicação, agir com responsabilidade e estratégia sobre este tema é um grande desafio, no entanto, os consumidores devem estabelecer limites a fim de preservar sua saúde mental'
A Era da Informação criou uma avalanche de conteúdo disponível em várias plataformas e mídias. Entretanto, o consumo excessivo desse conteúdo levantou preocupações sobre seu impacto na saúde mental das pessoas. Estudos sobre a saúde mental dos brasileiros constatou um aumento significativo de transtornos mentais associados a esse consumo exagerado.
Como diretora de comunicação, marketing e neuropsicologia, analiso o assunto explorando como o cérebro reage e é afetado por esse excesso, destacando os riscos e sugerindo estratégias para um consumo saudável, com o objetivo de entender os desafios e fornecer insights sobre o tema.
Os profissionais de comunicação e marketing desempenham um papel fundamental na era da informação, onde o consumo de conteúdo está em alta, porém, precisamos reconhecer os desafios que essa situação impõe e agir com responsabilidade para promover o consumo saudável e consciente. As estratégias que podem ser empregadas incluem:
Equilíbrio da oferta de conteúdo:
Oferecer uma variedade de conteúdos que informam, inspiram e divertem, mantendo um equilíbrio constante de informações relevantes e saudáveis.
Educar o público:
Promova a conscientização sobre os riscos do consumo excessivo de conteúdo e eduque sobre a necessidade de quebras, limites e cuidados com a saúde mental.
Conteúdo de alta qualidade:
Priorize a produção e distribuição de conteúdo baseado em fatos de alta qualidade que agregue valor e proporcione uma experiência positiva ao consumidor.
Abra caixa de diálogo:
Comunique-se com o público de forma transparente para estimular o diálogo e o compartilhamento de experiências sobre o impacto do consumo excessivo de conteúdo na saúde mental.
Além dessas estratégias, a neuropsicologia também nos fornece informações importantes sobre como o cérebro responde ao consumo excessivo de conteúdo e aos seus possíveis efeitos negativos.
Estudos mostram que a exposição a quantidades excessivas de informações torna o cérebro vulnerável à sobrecarga cognitiva, estresse e falta de descanso. Isso pode levar a sintomas como ansiedade, depressão, dificuldade de concentração e insônia.
Neste sentido, existem algumas recomendações para que o público possa estabelecer o consumo saudável, tais como:
Estabelecer limites:
Defina horários específicos para consumir conteúdo e estabeleça períodos de descanso digital que permitam a recuperação cognitiva.
Pratique o autocuidado:
Priorize atividades que promovam a saúde mental, como exercícios físicos, meditação, hobbies e interações sociais off-line.
Filtros de conteúdo:
Escolha conscientemente o conteúdo que você consome, selecione informações relevantes e de qualidade e evite fontes duvidosas ou assustadoras.
Gerenciamento de notificações:
Controle o número de notificações que você recebe e desative aquelas que são desnecessárias, limitando assim as interrupções em sua rotina diária.
Cabe ressaltar que este assunto impõe grandes adversidades tanto para os profissionais de comunicação e marketing quanto para a saúde mental dos consumidores. É importante que as empresas tenham uma postura ética e responsável e estimulem o consumo saudável e consciente. No entanto, além disso, os indivíduos devem encontrar um equilíbrio entre o acesso à informação e os cuidados de sua saúde mental, estabelecendo limites e adotando práticas que promovam o bem-estar.
A colaboração entre profissionais de comunicação, marketing e neuropsicólogos é fundamental para superar esse desafio e construir um ambiente digital mais saudável e equilibrado.
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