Vinte adolescentes ficam feridos em rebelião na Funase de Abreu e Lima

Com medo de serem atingidos por pedras, alguns funcionários decidiram se resguardar no interior do prédio até que a polícia chegasse

Rebelião na Funase de Abreu e Lima - Arthur de Souza/ Folha de Pernambuco

Jovens da Funase de Abreu e Lima, no Grande Recife, realizaram uma rebelião, que durou uma hora, no início da tarde desta sexta-feira (15). Uma equipe do Batalhão de Choque e do Grupo de Apoio Tático Itinerante da Polícia Militar de Pernambuco (PMPE) foram ao local para conter a ação. Os funcionários conseguiram sair da unidade em segurança. Pelo menos vinte adolescentes ficaram feridos. 

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Com medo de serem atingidos por pedras, alguns funcionários decidiram se resguardar no interior do prédio até que a polícia chegasse. O Corpo de Bombeiros foi acionado às 12h30 e uma equipe foi encaminhada ao local. O Batalhão de Operações Especiais (BOPE) também ajudou a conter a rebelião.

A mãe de um dos socioeducandos, Feiga Regina, de 41 anos, reclamou da situação. "Perdi minha paz depois que meu filho veio pra cá, transferido de Garanhuns. Vira e mexe tem rebelião", disse.

A assessoria de comunicação da Fundação de Atendimento Socioeducativo (Funase) confirmou que houve tumulto e que ele foi iniciado por gangues rivais. Internos jogaram pedras para o lado de fora da unidade para dificultar o trabalho da polícia. Em contrapartida, bombas de efeito moral foram jogadas por um helicóptero da Secretaria de Defesa Social de Pernambuco (SDS/PE).

Segundo o coronel do 17º Batalhão de Polícia Militar (BPMPE), Marcos Ramalho, quando a equipe chegou notou o ambiente bastante depredado. "Os adolescentes estavam tentando se agredir mutuamente, arremessando pedras uns nos outros. Fizemos a contensão dessas pessoas até o Batalhão de Choque chegar e encaminhá-las para seus respectivos pavilhões", disse.

Ainda segundo Ramalho, materiais como armas e facas não foram encontrados, também não houve mortes e ninguém ficou gravemente ferido.