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Pneumonia: conheça 12 sintomas da infecção que fez Arlindo Cruz ficar mais de 50 dias internado

Condição acomete principalmente idosos com mais de 60 anos e é a principal causa de óbito por doença infecciosa no mundo

Leito de hospital - Tomaz Silva/Agência Brasil

Após 50 dias internado no hospital Barra D'Or, na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio, o sambista Arlindo Cruz, 66 anos, deverá receber alta até a próxima sexta-feira (20). A informação foi confirmada ao G1 pela ex-mulher dele, Babi Cruz. O artista foi internado em abril por conta de um quadro de pneumonia.

Segundo Babi, a família está esperando a remontagem do homecare para levá-lo para casa. O sambista tem vivido nos últimos anos em um estado delicado após sofrer um AVC (Acidente Vascular Cerebral) em 2017, que deixou sequelas.

O cantor necessita de uma cadeira de rodas para ir aos lugares, não consegue falar direito com seus familiares e amigos, mas esboça reações quando ouve música e assiste a seus filmes preferidos.

O que é a pneumonia?
A pneumonia é uma infecção respiratória que afeta os pulmões, pode ser causada por bactérias, vírus e, em casos raros, por fungos, e acomete principalmente pessoas com doenças pulmonares, idosos com mais de 60 anos e crianças de até 5 anos. A doença não é transmissível e, se não tratada corretamente, pode levar à morte — é a principal causa de óbito por doença infecciosa no mundo.

Quais são os sintomas da pneumonia?
As pneumonias bacteriana, viral e fúngica têm sintomas parecidos com a gripe, como catarro amarelado, febre alta, tosse e falta de ar, e podem confundir o paciente. Entretanto, o que difere são dores inflamatórias fortes no pulmão, respiração acelerada, sensação de peito carregado e pesado, calafrios, mudanças na pressão arterial, mal-estar generalizado, além de sentir um cansaço e fadiga extrema. Esses sinais podem permanecer por três dias ou mais, mesmo depois de tomar remédio.

Pneumonia bacteriana x pneumonia viral
Pessoas com pneumonia bacteriana têm uma progressão mais rápida da doença e início abrupto dos sintomas e, geralmente, sem nenhum sintoma respiratório anterior. Já em infecção bacteriana hospitalar, há maior risco de morte, devido à baixa imunidade dos pacientes e à agressividade do agente infeccioso.

Por outro lado, a pneumonia viral geralmente surge associada a um quadro respiratório pré-existente, como congestão nasal, gripe e a Covid-19. Já a pneumonia fúngica, muito rara, tem uma progressão mais lenta, sintomas arrastados e febre baixa.

Quais são as causas da pneumonia?
Em caso de pneumonia adquirida na comunidade, a pessoa entra em contato com bactérias comuns do seu cotidiano, mas, por alguma deficiência no sistema imunológico, pode desenvolver a doença.

Já no caso hospitalar, é adquirida quando o paciente está internado, principalmente intubado, e contrai a doença por contato com bactérias presentes no hospital, mais agressivas e resistentes a antibióticos. Geralmente, são quadros mais letais.

O tipo viral é desenvolvido em decorrência de outras condições respiratórias que facilitam a entrada de agentes infecciosos que levam à pneumonia. No caso fúngico, ocorre em contato com ambientes isolados, como cavernas, e dificilmente há casos em zonas urbanas.

A infecção é mais recorrente em pacientes com doenças pulmonares, crianças com menos de 5 anos, idosos acima de 60 anos, diabéticos e imunodeprimidos, devido a deficiências no sistema imunológico. Fatores externos, como poluição e agravamento de doenças pré-existentes, também podem facilitar o desenvolvimento da pneumonia.

Causas de morte de pneumonia
A complicação mais comum no caso de uma pneumonia que leva um paciente ao óbito é o baixo nível de oxigênio na corrente sanguínea, causando falta de ar e que pode causar um quadro de insuficiência respiratória, além de uma parada cardiorrespiratória.

A diminuição da pressão arterial também pode ser uma possível causa de morte, visto que o micro-organismo responsável pela pneumonia pode entrar na corrente sanguínea, ou a resposta do corpo à infecção pode ser exagerada, resultando em um quadro clínico denominado sepse, inflamação que se espalha pelo organismo diante de uma infecção, podendo levar à queda da pressão arterial e falência de órgãos.

A pneumonia não tratada também pode causar um abscesso pulmonar, formado quando uma pequena área do pulmão morre e um acúmulo de pus se forma no lugar, podendo resultar em uma infecção necrosante. Outra complicação desencadeada pela condição é um empiema, presença de pus no espaço entre o pulmão e a parede torácica, que também pode levar à morte.

Por último, entre os principais riscos, ainda há as lesões graves dos pulmões, que podem ter quadros irreversíveis da doença. Isso acontece após uma infecção devastadora ou inflamação excessiva em resposta à infecção. Essas lesões podem causar falta de ar, geralmente com uma respiração rápida e superficial. Pacientes com este tipo de quadro podem precisar de apoio respiratório com um ventilador mecânico por um período estendido.

Tratamento para a pneumonia
Dependendo do tipo de pneumonia, o médico pode prescrever antibióticos, antivirais, antifúngicos ou antiparasitários. Exercícios de respiração profunda também podem ser um bom aliado.

As pessoas com pneumonia que estão com falta de ar ou têm baixos níveis de oxigênio no sangue recebem oxigênio suplementar, geralmente através de um pequeno tubo plástico nas narinas (cânula nasal).

Apesar de o repouso ser uma parte importante do tratamento, o repouso absoluto pode ser nocivo e as pessoas são incentivadas a fazer pequenos exercícios, como breves caminhadas entre os cômodos da casa, ou, em casos mais graves, sair da cama para se sentar em uma cadeira do outro lado do quarto.