Dr. P: Quem é o médico que se declarou culpado por overdose do ator Matthew Perry, de "Friends"
Implicado no caso, médico de 43 anos pode passar até 21 meses preso
O médico responsável pelo caso do ator americano Matthew Perry se declarará culpado nas próximas semanas no caso que o liga à overdose que matou o astro de" Friends" em outubro de 2023, anunciou o Departamento de Justiça na segunda-feira.
Salvador Plasencia "concordou em se declarar culpado de quatro acusações de distribuição de cetamina, que podem resultar em uma pena máxima de 40 anos de prisão federal", informou o departamento em um comunicado.
Ainda que o juiz possa condenar o médico a 40 anos de prisão, pelos termos do acordo protocolado na corte federal de Los Angeles, a previsão é que Plasencia cumpra entre 15 e 21 meses de prisão.
Plasencia, de 43 anos, foi preso em agosto de 2024 como um dos responsáveis pela morte do amado ator. Na ocasião, ele se declarou inocente e foi liberado após pagamento de fiança de US$ 100 mil. Conhecido como "Dr. P", o médico é formado na Universidade da Califórnia, em Los Angeles, e praticava medicina desde 2010.
O outro médico implicado no caso, Mark Chavez, se declarou culpado em outubro por conspirar para distribuir a droga sintética ao ator semanas antes de ser encontrado morto em sua residência em Los Angeles.
Jasveen Sangha, conhecida como "Rainha da Cetamina", que fornecia drogas a clientes de alto padrão e celebridades, deve ir a julgamento em agosto. Ela também é acusada de vender a Perry a dose que o matou.
Perry, que marcou uma geração com seu papel sarcástico como Chandler Bing em "Friends" e que lutou por anos contra vícios, foi encontrado morto na banheira de hidromassagem de sua casa em outubro de 2023.
A autópsia determinou que ele morreu devido aos "efeitos agudos da cetamina", uma droga controlada que o ator, em recuperação do vício, tomava como parte de uma terapia supervisionada.
A cetamina é um anestésico, às vezes utilizado com fins estimulantes, era ingerido pelo ator sob supervisão no contexto de sessões de terapia contra a depressão. Quando lhe recusaram um aumento da dose, o comediante voltou à adicção, segundo a promotoria, e recorreu a traficantes e médicos complacentes para se abastecer.
Em documentos apresentados no tribunal federal da Califórnia, os promotores alegaram que o assistente de Perry e um conhecido haviam colaborado com dois médicos e uma traficante de drogas para adquirir dezenas de milhares de dólares em cetamina para Perry, que há muito tempo lutava contra o abuso de substâncias e o vício.