SAÚDE

Dieta MIND pode reduzir o risco de doença de Alzheimer em qualquer idade, revela novo estudo

A pesquisa, feita pelo Centro de Câncer da Universidade do Havaí e pela Universidade do Sul da Califórnia, se baseou em dados de quase 93 mil adultos americanos

A dieta MIND foca em alimentos que melhoram a saúde cerebral - Unsplash

Um novo estudo do Centro de Câncer da Universidade do Havaí descobriu que pessoas que seguiram um padrão alimentar conhecido como dieta MIND tiveram 25% menos probabilidade de desenvolver a doença de Alzheimer ou formas relacionadas de demência.

A MIND é a união das dietas DASH e Mediterrânea. Esse plano alimentar tem como principal objetivo ajudar a prevenir demências. Embora não haja uma maneira infalível de prevenir a condição, comer alimentos saudáveis – como folhas verdes, nozes, grãos integrais, feijão, carne branca, azeite extravirgem e frutas vermelhas – pode reduzir o risco de uma pessoa desenvolver o distúrbio cerebral progressivo.

O novo estudo se baseia em dados de quase 93.000 adultos americanos da Coorte Multiétnica (MEC), um estudo pioneiro coliderado pelo Centro de Câncer da Universidade do Havaí e pela Universidade do Sul da Califórnia.

 

"Os resultados do nosso estudo confirmam que padrões alimentares saudáveis na meia-idade e na terceira idade e sua melhora ao longo do tempo podem prevenir o Alzheimer e demências relacionadas", disse a autora principal Song-Yi Park, professora do Programa de Ciências Populacionais no Pacífico do Centro de Câncer da Universidade do Havaí.

Os participantes da pesquisa tinham em torno de 45 a 75 anos de idade no início do estudo, e mais de 21.000 desenvolveram demência durante os anos de acompanhamento. Aqueles que aderiram à dieta MIND ou melhoraram a alimentação com base no regime ao longo de 10 anos apresentaram um risco 25% menor de demência em comparação com aqueles cuja adesão diminuiu.

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A pesquisadora principal do estudo disse que nunca é tarde para fazer mudanças no estilo de vida. “Comer mais alimentos vegetais e ricos em nutrientes — mesmo mais tarde na vida — pode proteger seu cérebro”, afirmou Park.

A relação entre dieta e demência varia de acordo com raça e etnia

Os pesquisadores mostraram que a relação entre a dieta e o surgimento da demência muda de acordo com a raça e a etnia. A redução foi mais acentuada, por exemplo, entre participantes afro-americanos, latinos e brancos, mas não entre os grupos nativos havaianos ou asiático-americanos.

Os pesquisadores acreditam que padrões alimentares culturais e taxas naturalmente mais baixas de demência em algumas populações podem explicar as diferenças.