LUCRO DA GUERRA

EUA aprova nova venda de armas a Israel

Washington é o principal aliado de Israel e proporciona a cada ano bilhões de dólares em armas para esse país

Soldados do exército israelense miram enquanto palestinos sentados do lado de fora de uma loja observam durante um ataque em Nablus, na Cisjordânia ocupada - Jaafar Ashtiyeh / AFP

Os Estados Unidos anunciaram nesta segunda-feira (30) que aprovaram uma venda a Israel de kits de orientação de bombas e serviços relacionados por 510 milhões de dólares (R$ 2,78 bilhões).

"A venda proposta reforçará a capacidade de Israel para fazer frente às ameaças atuais e futuras ao melhorar sua capacidade para defender suas fronteiras, suas infraestruturas vitais e seus centros populacionais", declarou a Agência de Cooperação para Defesa e Segurança dos Estados Unidos (DSCA, na sigla em inglês) em comunicado.

"Os Estados Unidos estão comprometidos com a segurança de Israel e é vital para os interesses nacionais americanos ajudar Israel a desenvolver e manter uma capacidade de autodefesa forte e preparada para o uso", acrescentou a agência.

O Departamento de Estado aprovou esta venda e a enviou ao Congresso americano, como exige a lei.

O anúncio acontece dias depois do fim da guerra entre Israel e Irã, dois arqui-inimigos.

Em 13 de junho, Israel lançou uma ofensiva aérea maciça sobre o Irã com o objetivo declarado de impedir que o país persa desenvolva armamento atômico. Teerã, por outro lado, sempre negou possuir a intenção de fabricar armas nucleares.

Centenas de alvos militares e nucleares, bem como áreas habitadas, foram atacados em bombardeios que mataram altos funcionários iranianos e cientistas do programa nuclear, entre outros.

Pelo menos 935 pessoas morreram no Irã durante os 12 dias de guerra, informou nesta segunda-feira a agencia estatal de notícias IRNA.

O Irã respondeu com disparos de mísseis e drones sobre Israel que causaram 28 mortos, segundo as autoridades israelenses.

Um cessar-fogo impulsionado por Donald Trump entrou em vigor em 24 de junho, dois dias depois de o presidente americano ordenar ataques a três instalações nucleares da República Islâmica.

Washington é o principal aliado de Israel e proporciona a cada ano bilhões de dólares em armas para esse país.