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Vereador do Novo questiona contratação de segurança por Erika Hilton

Guilherme Kilter, de Curitiba, questiona prestação de serviço por empresa que não teria autorização da PF para o funcionamento; em nota, deputada afirma que ação é "completamente infundada e baseada em fake news da internet"

Guilherme Kilter e erika Hilton - Reprodução/Redes Sociais

O vereador Guilherme Kilter (Novo), de Curitiba, teve o pedido de liminar negado pela Justiça Federal contra a deputada federal Erika Hilton (PSOL-SP) e a vereadora Amanda Paschoal (PSOL-SP). Na representação, Kilter pedia a suspensão da prestação de serviços de uma empresa de segurança privada contratada pelos gabinetes de ambas. O pedido foi negado por ausência de provas, após ser analisado pela juíza Adverci Rates Mendes de Abreu, da 20ª Vara Federal Cível da Seção Judiciária do DF, que concedeu o prazo de vinte dias para ambas se manifestarem.

Na representação protocolada por Kilter, ele alega que a corporação, denominada MAPI Consultoria em Sistemas de Segurança e Proteção Comunitária LTDA, trabalhava para os gabinetes de Erika e Amanda sem ter a autorização exigida pela Polícia Federal (PF) para atuar no setor, o que configuraria possível irregularidade conforme a Lei nº 14.967/2024, que instituiu o novo Estatuto da Segurança Privada. O valor total das contratações seria de aproximadamente R$ 192,6 mil, segundo estimou Kilter, que pediu a suspensão dos serviços prestados para as duas pela empresa.

A solicitação foi negada pela magistrada, que afirmou que "não identificou os requisitos autorizadores" para a concessão da liminar pedida pelo vereador, considerando que "o presente momento processual não permite concluir que o patrimônio público sofreu ou está em vias de sofrer lesão". A juíza também determinou que Erika e Amanda enviem, caso queiram, contestações sobre o processo nos próximos 20 dias, além da citação da União, do Estado de São Paulo e do Ministério Público Federal para o acompanhamento do andamento do caso na Justiça do DF.

Ao Globo, a deputada respondeu que a ação é "completamente infundada, baseada em fake news da internet". "A representação questiona a empresa que faz consultoria em gestão de segurança, mas que, no fundo, busca deslegitimar a minha própria segurança, o que é um absurdo", disse em nota.

Em resposta, Kilter questionou como a parlamentar encontrou a corporação para prestar o serviço e disse que a empresa "não tem site nem rede social, não atende o telefone" e tem como endereço "o mesmo local da Escola do Ativismo. "Alegar fake news qualquer um faz, é o modus operandi da esquerda, porém, até agora, não vi ela apresentar qualquer fato ou argumento para justificar as acusações".

A vereadora Amanda Paschoal também afirmou que "a ação não tem qualquer fundamento, tanto que a Justiça está negando a liminar por não ter elementos concretos de acusação". "Segurança é uma questão primordial, eu fui ameaçada em campanha e Erika acumula ameaças desde quando vereadora", disse ao Globo.