Risco

Anvisa faz alerta para riscos associados ao uso de alisantes capilares irregulares; entenda

O formol é permitido em produtos cosméticos no Brasil apenas como conservante

Alisantes capilares irregulares prejudicam a saúde - Freepik

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) lançou um novo alerta para os riscos de utilizara alisantes capilares contendo substâncias proibidas, como o formol (ou formaldeído) e o ácido glioxílico.

Segundo o comunicado publicado pela Anvisa, os alisantes irregulares podem causar diversos problemas de saúde:

Irritações, queimaduras no couro cabeludo, coceira e alergias;

Problemas respiratórios (tosse, falta de ar) devido à inalação de vapores, principalmente de formol;

Riscos de longo prazo, como o potencial cancerígeno do formol.

Além disso, o uso prolongado pode levar a danos irreversíveis nos cabelos. Dentre eles, estão:

Danos à parte interna do fio (córtex), com perda de queratina, reduzindo força e elasticidade.

Degradação da camada externa (cutícula), aumentando a porosidade e o frizz, dificultando a retenção de água e nutrientes.

Perda da oleosidade natural (lipídios), deixando os fios ressecados, sem brilho e vulneráveis a danos externos.

Combinação com descoloração aumenta a porosidade em até quatro vezes, resultando em cabelos quebradiços e com frizz.

Desnaturação irreversível da queratina.

"Verifiquem se o produto é regularizado junto à Anvisa; evitem produtos sem rótulo ou com promessas enganosas; sigam corretamente as instruções de uso; e fiquem atento a sinais como coceira, ardência ou dificuldades respiratórias", informa a agência.

Produtos regularizados
Alisantes capilares são cosméticos destinados a alisar ou relaxar os fios, como em escovas progressivas, relaxamentos ou permanentes. Produtos regulares utilizam ingredientes ativos permitidos pela Anvisa. São eles:

Ácido tioglicólico e seus sais;

Ésteres do ácido tioglicólico;

Hidróxidos de sódio, potássio, lítio ou cálcio;

Sulfitos e bissulfitos inorgânicos; e

Pirogalol e ácido tiolático.

"Atualmente, o formol é permitido em produtos cosméticos no Brasil apenas como conservante, em concentrações muito baixas (até 0,2%), e como endurecedor de unhas, em concentrações de até 5%", diz a autarquia, em nota.