Moraes mantém prisão de condenado por tentativa de ataque com bomba às vésperas do 8 de janeiro
Alan Diego dos Santos Rodrigues é um dos três homens condenados pelo episódio da tentativa de explosão de um caminhão-tanque
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu manter a prisão preventiva de Alan Diego dos Santos Rodrigues, um dos três homens condenados pelo episódio da tentativa de explosão de um caminhão-tanque nas imediações do Aeroporto Internacional de Brasília, em dezembro de 2022.
O caso antecedeu os atos golpistas do 8 de janeiro e passou a ser tratado sob a ótica de crimes contra o Estado Democrático de Direito.
A defesa de Alan havia solicitado a revogação da prisão ou a substituição por medidas cautelares, pedido que foi rejeitado por Moraes, com aval da Procuradoria-Geral da República (PGR). Na decisão, o ministro afirmou que há “indícios suficientes” da participação direta do réu na tentativa de atentado.
A decisão atende a um pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR), que também solicitou a prisão de outros dois envolvidos no crime. Alan Diego foi preso em 26 de junho, no estado de Mato Grosso.
Segundo Moraes, Alan foi responsável por colocar o artefato explosivo no caminhão, enquanto estava no banco do carona de um carro que se aproximou do local. Ele também teria feito duas ligações por um orelhão logo após a ação. “O que revela evidente risco à ordem pública representado pela sua liberdade”, escreveu o ministro.
Alan Diego já havia sido condenado a 5 anos e 4 meses de prisão em regime fechado pela 10ª Vara Federal do Distrito Federal. O caso, no entanto, foi transferido para o STF após o Ministério Público do DF remeter os autos à PGR, que apresentou nova denúncia — desta vez, incluindo os crimes de tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito e infrações previstas na Lei Antiterrorismo.