'Vale tudo': após rasgar vestido de Maria de Fátima, Raquel faz 'profecia' sobre a vida da filha
Cena, que é uma das mais emblemáticas da novela, vai marcar embate entre mãe e filha
Está chegando a hora de uma das cenas mais emblemáticas de “ Vale tudo”, cujo remake é assinado por Manuela Dias, a partir da obra original de Gilberto Braga, Aguinaldo Silva e Leonor Bassères. Raquel (Taís Araujo) tem um embate intenso com a filha, Maria de Fátima (Bella Campos). Tomada pela raiva, ela rasga o vestido com que a jovem subiria ao altar com Afonso (Humberto Carrão). Na versão original, a mãe ainda faz uma “profecia” sobre o futuro da vilã no momento.
“Eu odeio você. Eu odeio vocês, eu tenho nojo de vocês. Eu perdi tudo, perdi o homem que eu amo, vocês me tiraram tudo, mas eu tenho a minha consciência limpa”, diz a Raquel de 1988, então vivida por Regina Duarte. “E é com ela que eu vou ter força, é com ela que eu vou subir e um dia você vai cair. Vou só ficar esperando a hora de você cair.”
Maria de Fátima, então papel de Gloria Pires, afirma que a mãe está “rogando praga”.
Raquel rebate: “Não é praga. É a vida, Maria de Fátima, que você construiu para você. A vida que você está querendo. Você vai cair. No dia que você cair, você vai precisar de mim e vai me procurar, você vai bater na minha porta e eu vou ter o enorme prazer de bater a porta da minha casa na tua cara. Monstro”.
Qual a história de 'Vale tudo'?
Na novela, criada em 1988 por Gilberto Braga, Aguinaldo Silva e Leonor Bassères, o espectador acompanha os embates entre Raquel e Maria de Fátima. Mãe e filha, essas duas mulheres de gerações diferentes cultivam valores totalmente opostos. A primeira representa a solidez da ética e a serenidade de estar em paz consigo mesma. A segunda incorpora a irresponsabilidade dos espertos, a liquidez da amoralidade. A inspiração do conflito, um clássico da teledramaturgia nacional, é o filme "Alma em suplício" (1945), pelo qual Joan Crawford ganhou o Oscar.