IOF

Haddad diz que agenda do governo "andou pouco" no Congresso e que espera reunião com Motta em breve

Ministro diz que ainda aguarda retorno de ligação de presidente da Câmara, e que retorno pode acontecer nesta semana

Ministro Fernando Haddad, responsável pelo Ministério da Fazenda - Washington Costa/MF

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta terça-feira que a agenda econômica do governo "andou pouco" no Congresso Nacional neste ano. Ele ainda disse que aguarda uma reunião com o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta, para negociar o andamento de medidas.

Na última semana, Haddad havia afirmado que aguardava o retorno de uma ligação de Motta para discutir sobre o aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). Em entrevista ao portal Metrópoles nesta terça, ele disse que ainda aguarda a conversa com o presidente da Câmara.

"Não, vamos nos ver brevemente. Quando um não quer, dois não brigam, nós não vamos brigar, porque no caso aqui, nenhum dos dois quer. Nenhum dos dois quer, nós temos muito amigos em comum. Eu não tenho nem o direito de ter relações estremecidas com o presidente da Câmara, porque ele é um poder institucional, o Brasil depende da boa condução dos trabalhos dele, eu sou ministro, não tenho mandato" disse.

Questionado se o encontro entre os dois poderia acontecer nesta semana, Haddad disse que "acredita" que isso será possível.

"Eu acredito que sim, assim que possível, nós vamos… precisamos encontrar um caminho, retomar o debate. Esse ano a agenda andou pouco, vamos fazer a agenda andar, tem muita coisa boa no Congresso Nacional" explicou Haddad.

O ministro disse que fatores como o conflito em torno do IOF, e votação tardia do Orçamento deste ano contribuíram para que a agenda fosse travada no Congresso. Haddad tem a expectativa de que o segundo semestre de 2025 possa ser mais produtivo nas votações na Câmara e Senado.

"Teve eleição da Casa, votação do Orçamento foi muito tardia, porque deu esse atrito em relação a esse tema [derrubada do IOF], mas acredito que agora temos aí um semestre que pode ser muito produtivo. Agora, digo uma coisa, quando o Congresso acerta a agenda, consegue fazer em uma semana o que não faz em um ano, e nós temos uma dúzia de bons projetos da área econômica."