O amanhã depende do hoje
O imediatismo atual no âmbito político, econômico e social, orientando perguntas e respostas, não percebe que as atitudes de hoje, salvo surpresas e imprevistos de toda ordem, que podem ocorrer, serão responsáveis pelos acontecimentos do amanhã.
A conveniência oportunista dos autointitulados donos do mundo, não consegue aguardar a maturação resultante da troca de ideias, de experiências, no exercício do saudável e democrático contraditório, preferindo conquistar mais rápido o objetivo pela força, e não pelo civilizado dialogo, optando pela velha prática do “quero, posso e mando”, objeto de tantos alertas ao redor da Terra pelo perigo que representa.
Os novos mecanismos de convencimento e persuasão, tem dado velocidade ao fenômeno que carece, em contrapartida, de barreiras de proteção, tanto para o hoje quanto principalmente para o amanhã, vulnerável que está aos erros,e até mesmo para potencializar a expectativa dos eventuais acertos para um futuro saudável e promissor, que seja capaz de alimentar a esperança por tempos melhores às próximas gerações.
Os erros e acertos praticados pela humanidade ao longo da história justificam as boas e más ocorrências de hoje, exige atenção em relação ao futuro, que até então parecia distante, mas que agora de repente já está chegando para nossa surpresa, que esperamos seja na pior das hipóteses suportável.
O narcisismo comportamental enfeitado por ridículas e ameaçadoras expressões de cenho franzido, caras e bocas das chamadas “lideranças” da atualidade, conhecido nos meios médicos psiquiátricos e afins, como TPN — transtorno de personalidade narcisista, revelam um padrão de grandiosidade, comportamento desafiador e hostil em relação aos gestores e instituições, como elementos dotados de senso inflado de sua própria importância, exigindo de todos nós, um “domo de proteção” na linguagem atual, complementado por mísseis do bem, da Paz com maiúsculo, de sorte que possamos curtir com alegria a satisfação de viver, naturalmente em comunhão com tudo e com todos, até mesmo com a Natureza e seus bichos que Papai do Céu nos presenteou.
Tirando as armas letais de última geração, capazes de extinguir a vida sobre a Terra em segundos de alucinante malcriação final, a inteligência artificial, ou a próxima epidemia, que torcemos para que não chegue tão cedo, ou até mesmo uma pouco provável colisão meteórica, percebemos que nada mudou ao longo dos séculos, talvez a indumentária, o visual externo, os novos meios de transporte e comunicação, os avanços da ciência no âmbito da genética, da biotecnologia, mas nada do ponto de vista comportamental, que caracterize a evolução humanista, civilizada, individual ou coletiva, fazendo de conta que as crenças religiosas são observadas, ainda que parcialmente, principalmente no que tange a tratar o próximo como a si mesmo, pura utopia, o homem perverso e cruel, perigoso, continua valendo pelo mal que pode fazer, na melhor das hipóteses ameaçando, sem esconder o desejo de aniquilar, de repente ou com hora marcada, pelas novas majestades que nada devem aos nossos ancestrais, comandando com o polegar apontando para baixo os terríveis espetáculos na arena do Coliseu global.
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