Como o tarifaço de Trump afeta os negócios no Brasil
Recentemente, o Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou um aumento de 50% nas tarifas de exportação do Brasil, agora a partir de agosto.
Essa medida impacta não apenas as empresas brasileiras que exportam para os EUA, mas também as que importam.
O mercado interno será indiretamente afetado, com aumento das taxas de juros, flutuação do câmbio e impacto nas margens de lucro.
A Reação dos Estados Unidos: “Quem com Ferro fere , com o Ferro será ferido” – O efeito da geopolítica de Lula no BRICS
O aumento das tarifas foi uma resposta à postura geopolítica do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que, durante a Reunião do BRICS, defendeu a Redução da Dependência Global do Dólar e promoveu novas alianças com membros do bloco, como China, Rússia, Irã, Arábia Saudita, Argentina, Emirados Árabes Unidos e Egito.
Os Estados Unidos reagiram com o tarifaço de 50%, refletindo a tentativa de Lula de usar política para fins comerciais. Fica evidente que é uma resposta ao confronto político de Lula contra os Estados Unidos.
O Impacto nas Empresas Brasileiras: "O pau que dá em Chico, também dá em Francisco" – Setores atingidos e desafios imediatos
O Tarifaço afeta desigualmente diferentes setores da economia brasileira. Indústrias como petróleo, ferro e aço, café, carne bovina, pescados, mel, frutas, açúcar e calçados sentirão os efeitos de forma intensa.
Os impactos dependem da participação do mercado americano nas vendas de cada negócio!
Nos EUA, produtos como carne bovina e café, com grande participação no consumo interno, têm o Brasil como principal fornecedor. Quase 100% dos hambúrgueres consumidos nos EUA são feitos com carne brasileira. O café do Brasil já participa com cerca de 33% do consumo norte-americano!
Lei de Reciprocidade Econômica: resposta brasileira ao Tarifaço – "Caldo de galinha e cautela não fazem mal a ninguém"
Em resposta ao Tarifaço, o Brasil levantou a hipótese de aplicar a Lei de Reciprocidade Econômica, sancionada em abril de 2025. Essa legislação permite ao governo adotar contramedidas, como a quebra de patentes e a taxação de dividendos para empresas estrangeiras. Essas contramedidas devem ser implementadas com cuidado para não prejudicar as relações internacionais nos elos mais fracos do Brasil.
A quebra de patentes pode gerar insegurança jurídica e fuga de investimentos, já que empresas podem sentir que seus direitos de propriedade intelectual não são mais respeitados. A taxação de dividendos em empresas americanas pode impactar a arrecadação, mas também pode desencorajar investimentos internacionais, criando um clima de incerteza. Essas medidas podem reduzir o fluxo de capitais para o Brasil e desacelerar os investimentos estrangeiros
Efeitos colaterais da Lei de Reciprocidade: o impacto no fluxo de capitais e investimentos no Brasil
A possível queda nos investimentos estrangeiros devido a um ambiente regulatório mais hostil pode desacelerar o crescimento econômico, especialmente em setores como tecnologia, saúde e farmacêutica, que dependem de parcerias internacionais. A tensão comercial pode impactar o fluxo de capitais.
Recalculando a rota: o impacto da inflação e do crédito no Brasil
Internamente, o Brasil enfrenta desafios que podem se agravar com o Tarifaço, como aumento das taxas de juros e aumento da taxa de câmbio. A inflação descontrolada, o crédito restrito e a desaceleração do varejo tornam o cenário mais difícil. As famílias endividadas e a classe média com padrão de consumo reduzido impactam diretamente a demanda por produtos e serviços, criando um clima de incerteza.
Pense nisso! Faça a diferença nesse contexto, para as empresas, o foco deve ser na manutenção da liquidez, gestão das margens.
Redução das taxas de juros na negociação de crédito com fornecedores.
Novas alternativas de financiamento via crowdfunding, tokenização e fintechs.
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