Advogado diz que Zambelli planeja se candidatar na Itália para "prosseguir com o trabalho político"
Segundo Fabio Pagnozzi, prioridade da parlamentar bolsonarista, no entanto, é "provar inocência e retornar ao Brasil"
Fora do país desde o início de junho, a deputada federal licenciada Carla Zambelli (PL-SP) avalia entrar em um partido italiano para disputar as eleições ao parlamento do país.
A informação foi dada pelo advogado Fabio Pagnozzi, que representa a deputada, ao portal Metrópoles e posteriormente reproduzida nas redes sociais.
"A prioridade da deputada é provar a inocência e retornar ao Brasil para continuar com a atuação legislativa. É o que ela quer. Se isso não for possível, ela pretende ingressar em uma legenda na Itália para concorrer nas eleições italianas e prosseguir com o trabalho político", disse Pagnozzi.
Alvo de um mandado de prisão, a parlamentar está foragida na Itália há pouco mais de um mês. Se retornar ao Brasil, ela será presa.
Zambelli foi condenada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) pela invasão, com ajuda de do hacker, aos sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) com objetivo de adulterar documentos, como a emissão falsa de mandado de prisão contra o ministro Alexandre de Moraes.
Antes de ter o pedido de cassação feito pelo STF, a deputada pediu licença de 127 dias do mandato, que foi concedido pelo presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB).
Em seu lugar está o deputado Coronel Tadeu (PL-SP).
Depois de sair do Brasil, ela teve a prisão pedida pelo STF e também a cassação de seu mandato como deputada. Apesar de o STF ter determinado a perda do mandato da deputada, o presidente da Câmara, Hugo Motta, não seguiu a decisão. Motta abriu um processo de cassação, em tramitação na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara.