Alerta

Mais de 12 milhões de smartphones foram alvo de ciberataques, revela Kaspersky

Entre janeiro e março deste ano, foi registrado um crescimento de 27% em arquivos maliciosos detectados, em comparação com o final de 2024

Redes sociais - Freepik

Os ataques a smartphones continuam aumentando. É o que aponta um recente relatório da Kaspersky. Somente nos primeiros três meses do ano, foram detectados 180 mil programas maliciosos em aparelhos Android, aumento de 27% em relação ao final de 2024. Além disso, mais de 12 milhões de pessoas foram afetadas por essas ameaças, representando um aumento de 36% em relação ao trimestre anterior. Essa tendência de alta não é nova, já que os ataques vêm crescendo desde meados do ano passado.

A empresa de cibersegurança explica que esse crescimento se deve a vários fatores. Um deles foi a atividade do trojan bancário Mamont, que se passava por aplicativos legítimos para roubar credenciais bancárias, mensagens de texto e dados pessoais. Aplicativos falsos relacionados a golpes financeiros também estavam ativos.

Outra ameaça comum nos últimos meses foi o backdoor Triada, descoberto em smartphones falsificados de marcas populares. Esse malware provavelmente foi instalado pelos golpistas depois que os telefones saíram da fábrica e antes de chegarem às mãos do usuário. O Triada pode modificar endereços de carteiras de criptomoedas durante transferências, substituir links em navegadores, enviar mensagens de texto arbitrárias, interceptar respostas e roubar credenciais de acesso a aplicativos de mensagens e redes sociais.
 

No início deste ano, foi descoberto um novo trojan bancário que começou a afetar os usuários e que se passa por um aplicativo para assistir a filmes e séries grátis. O malware obtém permissões de administrador do dispositivo para se estabelecer, acessa funções de acessibilidade e, em seguida, permite que os criminosos controlem o telefone remotamente.
 

Embora o cenário de ameaças móveis continue em ascensão, esse contexto também representa uma oportunidade para que os usuários fortaleçam seus hábitos de segurança digital. Compreender como os cibercriminosos operam permite que os usuários estejam mais bem preparados para reconhecer riscos potenciais. A cibersegurança não depende apenas das ferramentas tecnológicas, mas também do nível de atenção, critério e educação digital que cada pessoa pratica em sua vida cotidiana.
 

"Muitos usuários acreditam que seus smartphones são mais seguros que os computadores, mas a realidade é que o malware móvel, como os trojan sofisticados, estão cada vez mais ativos. Hoje em dia, a maioria das transações financeiras é realizada a partir de aplicativos bancários nos celulares, tornando esses dispositivos um alvo prioritário para os cibercriminosos", comenta Fabio Assolini, diretor da Equipe Global de Pesquisa e Análise da Kaspersky para a América Latina.
 

"A falsa sensação de segurança vem da confiança nas lojas de aplicativos e nas restrições do sistema operacional. Mas as táticas de engenharia social e o malware moderno, incluindo trojan pré-instalados, exploram essa falsa percepção. Para enfrentar esses riscos crescentes, é fundamental contar com uma proteção móvel sólida e melhorar a educação digital dos usuários", acrescenta Assolini.
 

Para se proteger contra as ameaças móveis, os especialistas da Kaspersky recomendam:

Preferir sempre as lojas oficiais de aplicativos, como Apple App Store e Google Play, pois oferecem um maior nível de controle e verificação do que as fontes externas. No entanto, é importante lembrar que mesmo essas plataformas podem abrigar aplicativos maliciosos, como demonstrou recentemente o caso do SparkCat, um malware capaz de roubar capturas de tela que conseguiu evadir os filtros de ambas as lojas.
Revisar com atenção a reputação dos aplicativos antes de instalá-los, lendo os comentários, avaliações e verificando se os links de download vêm de sites oficiais.

Avaliar cuidadosamente as permissões que os aplicativos solicitam, especialmente as mais sensíveis, como acesso a serviços de acessibilidade, mensagens, contatos ou localização. Conceder esse tipo de permissão sem necessidade pode facilitar o controle do dispositivo por software malicioso.

Manter sempre atualizado o sistema operacional e os aplicativos essenciais, já que muitas brechas de segurança são corrigidas por meio de atualizações que os desenvolvedores lançam regularmente.

Contar com uma solução de segurança móvel confiável, como Kaspersky Premium, que oferece proteção avançada em tempo real e pode detectar e bloquear atividades maliciosas, mesmo em aplicativos aparentemente legítimos.

Para mais informações sobre como proteger sua segurança digital, visite o relatório "Evolução das ameaças informáticas no primeiro trimestre de 2025: estatísticas móveis" no Securelist.