SP terá empréstimos subsidiados e liberação de créditos de ICMS para empresários afetados por tarifa
Em compromissos na cidade de Rio Claro (SP), governador também voltou a defender que negociação com os EUA deve evitar tom político
O estado de São Paulo estuda a criação de duas medidas voltadas a empresas impactadas pelo tarifaço do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, prometido para começar em 1° de agosto.
Em compromissos na cidade de Rio Claro (SP), o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) afirmou nesta terça (22) que empréstimos subsidiados e liberação de créditos de ICMS ajudarão a compensar as perdas aos exportadores mais atingidos pelas medidas norte-americanas.
– Tem duas providências que a gente vai fazer. Uma é aumentar o fundo garantidor, para dar crédito a esses setores que são mais afetados, a gente vai ter uma linha de crédito mais vigorosa com juros subsidiados – afirmou o governador.
A segunda questão, a liberação de créditos de ICMS, também ajudaria o setor exportador a superar os momentos mais difíceis, afirmou Tarcísio.
– A gente vai fazer uma grande entrega de crédito de ICMS, uma grande devolução de crédito, para ver se a gente consegue abastecer essas empresas com recurso financeiro, para que elas possam passar por esse período mais crítico, esse período de negociação, sempre na esperança que isso aí vai chegar em uma boa solução, em um bom tempo.
Nesta terça, Tarcísio voltou a falar que as negociações entre Brasil e Estados Unidos devem de deixar a política de lado.
– A questão política sempre é o entrave, mas aí é a hora de deixar a política de lado, ver o interesse nacional, entender a natureza do movimento geopolítico que está em curso para que a gente busque o interesse nacional, busque o interesse do país, vá para a mesa de negociação, deixando qualquer questão, deixando a ideologia, deixando a diferença de lado — afirmou.
A exemplo do que havia dito antes, o governador paulista ressaltou que não deve se envolver nas negociações entre os países.
– Não, não precisa (eu falar com o governo federal), eles sabem que eles têm a responsabilidade, que eles são donos da política externa, o Itamaraty tem experiência nisso ao longo do tempo, então agora é sentar e negociar.
Procurada, a Secretaria da Fazenda afirma que o tema está em estudo e envolve ainda outras pastas estaduais.