Cármen Lúcia defende Moraes após sanções de Trump e diz que TSE atua em defesa da Constituição
Mais cedo, Moraes foi defendido por outros ministros do STF e reagiu às sanções que recebeu dos Estados Unidos, classificando como "organização criminosa miliciana"
A presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministra Cármen Lúcia, defendeu nesta sexta-feira (1°) a atuação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), e afirmou que o Judiciário seguirá aplicando a Constituição.
As declarações, que ocorreram na sessão de reabertura da Justiça Eleitoral, ocorrem no mesmo dia em que ministros do STF saíram em defesa de Moraes, alvo de sanções aplicadas pelo governo do presidente Donald Trump.
— Seu papel na história será sempre lembrado, especialmente pela firme atuação em um momento de extrema dificuldade. Atuou e continua atuando como ministro do Supremo Tribunal Federal, com os rigores da lei, em garantia dos direitos de todos os brasileiros. Essa Justiça continuará, portanto, a cumprir as suas funções com tranquilidade, mas com o rigor que se impõe num Estado Democrático de Direito — disse Cármen Lúcia, em referência à eleição de 2022, período em que o TSE foi presidido por Moraes.
A presidente da Corte eleitoral acrescentou que o TSE seguirá atuando em defesa da “Constituição e das leis da República Brasileira”.
Mais cedo, Moraes foi defendido por outros ministros do STF e reagiu às sanções que recebeu dos Estados Unidos, classificando como “organização criminosa miliciana” os brasileiros que articularam as punições — sem citar nomes. Moraes foi incluído na lista da Lei Magnitsky há dois dias. Ele afirmou que seguirá normalmente com seu trabalho, apesar das sanções:
— Esse relator vai ignorar as sanções que lhe foram aplicadas e continuar trabalhando como vem fazendo, tanto no Plenário quanto na Primeira Turma.
Durante a sessão que marcou o fim do recesso do Judiciário, Moraes criticou os responsáveis pelas sanções:
— Ainda há tempo, caso você aceite a torpe coação. Acham que estão lidando com pessoas da laia deles, acham que estão lidando também com milicianos, mas não estão. Estão lidando com ministros da Suprema Corte brasileira.