IDH retrata o perfil brasileiro
Propositalmente, vamos iniciar por dados mais remotos e em seguida, chegaremos a elementos mais próximos e também, promissores.
O Índice de Desenvolvimento Humano- IDH – do Brasil cresceu de 2021 para 2022, passando de 0,756 para 0,760 segundo dados, recentemente, divulgados pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento - PNUD. Antes da pandemia, o Brasil alcançara o índice de 0,764. Os mesmos dados, contudo, revelam que o Brasil caiu duas posições no ranking da ONU, desde que passou da 87ª posição para 89ª entre as 193 nações, embora o IDH tenha subido.
O índice varia de 0 a 1 e quanto mais próximo de 1, maior o desenvolvimento humano do país. Sabendo que o IDH estabeleceu indicadores comparativos como alfabetização, educação, expectativa de vida, natalidade, riqueza e o bem-estar da população de um modo geral.
Para a especialista da Oxfam Brasil, organização que atua em itens como das desigualdades e justiça social, Maitê Gauto, “nem mesmo políticas de transferências de renda como o Auxílio Emergencial e o posterior auxílio Brasil, que hoje virou Bolsa Família, foram capazes de retomar o IDH ao nível pré-pandêmico”.
Vale lembrar que o IDH é uma medida estatística que se baseia em três dimensões básicas: saúde, educação e padrão de vida.
O Indicador Saúde é a medida pela expectativa de vida do indivíduo ao nascer que reflete a qualidade dos serviços de saúde e as condições de vida da população.
A Educação, por sua vez, é avaliada através da média de anos de estudos e da expectativa de anos de escolaridades, que aponta o nível de acesso à educação e o tempo de permanência dos indivíduos no sistema educacional.
Por fim, o Padrão de Vida que indica a Renda que é medida pelo Produto Nacional Bruto – PNB - per capita – que reflete a capacidade de geração de riqueza e o padrão de vida da população;
Mais recentemente, em 2023, divulgado em 2025, o Brasil subiu cinco posições, chegando a 84ª colocação com um IDH de 0,786 com um crescimento de 0,77% em relação ao ano anterior, atingindo 0,780%. O IDH do Brasil é considerado alto porque fica entre 0,700 e 0,799. Muito alto é para aqueles países que atingem 0,800. Na América do Sul, o Brasil ocupa o 4º lugar, atrás do Uruguai, Peru e Colômbia.
Internamente, no Brasil, em 2023: Brasília, São Paulo, Santa Catarina, Rio de Janeiro e Paraná ocupavam as melhores colocações do IDH, enquanto Paraíba, Piauí, Maranhão e Alagoas figuravam nas últimas posições.
Em termos mundiais, 74 países formam o bloco daqueles que tem IDH, Muito Alto; 50 países, Alto; 43 países, Médio e 26 países, Baixo. Dentre os 193 analisados. No mundo, as melhores colocações, em ordem decrescente, são: Islândia, Suíça, Noruega, Dinamarca, Alemanha, Suécia, Austrália, Hong-Kong, Holanda e Bélgica. Enquanto Sudão do Sul, ocupa o pior indicador, seguido por nove nações africanas.
O IDH médio mundial, em 2023, chegou a 0,756%. Em 2025, o tema do relatório do PNUD é a inteligência artificial.
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