Justiça condena um dos acusados de matar comissária dentro de casa enquanto amamentava filha
TJPE condenou Victor Hugo Lima da Silva a 28 anos, 1 mês e 15 dias de reclusão pelo assassinato da comissária de bordo Dinorah Cristina Barbosa da Silva
Nesta terça-feira (5), o Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) condenou Victor Hugo Lima da Silva a 28 anos, 1 mês e 15 dias de reclusão pelo assassinato da comissária de bordo Dinorah Cristina Barbosa da Silva. Ela foi morta a tiros enquanto amamentava a filha de apenas 5 meses.
O réu foi a júri popular no Tribunal do Júri da Comarca de Paulista. Ele é o quinto envolvido no crime a ser julgado. No total, dez pessoas participaram do crime. Todas foram presas em 2020, um ano após o assassinato da comissária.
O acusado foi apontado, pelo Conselho de Sentença, como autor do crime de Feminicídio, com as qualificadoras de ter sido cometido por motivo torpe e mediante recurso que impossibilitou a defesa da vítima Dinorah Cristina Barbosa da Silva.
O magistrado que presidiu o julgamento, Thiago Fernandes Cintra, também determinou que "permanecem presentes razões que recomendam a custódia preventiva do acusado, para fins de resguardar a ordem pública e para assegurar a aplicação da lei penal".
Relembre o caso
A comissária de bordo Dinoráh Cristina Barbosa da Silva, de 35 anos, estava dentro de casa, amentando um bebê de 5 meses, quando foi morta a tiros, na madrugada do dia 24 de outubro de 2019.
Ela residia no bairro de Maranguape 2, em Paulista, Região Metropolitana do Recife (RMR). Testemunhas informaram que a porta do imóvel foi arrombada por dois homens encapuzados.
A comissária chegou a cogitar que era um assalto, mas foi baleada. Os tiros não atingiram nem o bebê nem a mãe da vítima que estava na casa.
Naquele momento, familiares já apontavam que o crime poderia ter relação com uma briga entre ela e o ex-namorado, um copiloto de avião. Suspeito teria agredido a comissária e exigido que ela abortasse a criança no início da gestação.