Governadores de oposição se reúnem e cobram do governo Lula pacote para mitigar tarifaço de Trump
Anistia aos envolvidos com atos do 8 de janeiro de 2023 também esteva na pauta
Governadores de direita e centro-direita de nove estados se reuniram em Brasília para definir ações para cobrar do governo federal medidas para mitigar o tarifaço e defender que o Congresso vote uma anistia aos envolvidos na trama golpista.
A reunião foi realizada na casa do governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB).
— A gente está muito preocupado com a escalada da crise, com a marcha da insensatez e a gente está preocupado com os efeitos deletérios aí do tarifário, do estressamento das reuniões com os Estados Unidos, com setores da nossa economia que vão ser afetados — disse Tarcísio de Freitas, governador de São Paulo.
Tarcísio, que é bolsonarista, disse que "o espaço de atuação de cada Poder" deve ser respeitado e que o projeto da anistia aos envolvidos com os protestos de 8 de janeiro poderia colaborar para desescalar a crise.
Ele não mencionou a tentativa de obstrução física promovida pelos parlamentares da oposição, que impediu por dois dias a votação do Congresso.
Sem citar que o presidente americano, Donald Trump, condicionou o tarifaço a uma agenda política contrária à ação penal da trama golpista que corre no STF, Tarcísio disse que o governo Lula tem agredido os EUA.
— A gente acabou indo pra caminho muito ruim, caminho que acabou agredindo parceiro histórico do Brasil, grande investidor estrangeiro direto, e a gente precisa cobrar o governo federal tem essa responsabilidade que conduz à política externa, energia nas negociações — afirmou Tarcísio.
Tarcísio disse ainda que os governadores vão se reunir com líderes de seus partidos no Congresso para cobrar do governo federal medidas para setores afetados pelo tarifaço e criticou a demora no anúncio do pacote. A tarifa entrou em vigor nesta quinta-feira.
O encontro teve a presença dos governadores de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos); do Rio, Cláudio Castro (PL); de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo); do Paraná, Ratinho Júnior (PSD); e de Goiás; Ronaldo Caiado (União).