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Petrobras vai voltar a investir na distribuição de botijão de gás

Investida da companhia partiu de determinação do governo, dizem fontes

Petrobras vai voltar a investir na distribuição de botijão de gás - Governo Federal/Divulgação

A Petrobras vai voltar a atuar no setor de distribuição de botijão de gás (GLP). A estatal já esteve presente nesse segmento com a Liquigás, empresa vendida para a Ultrapar em 2021 durante o governo de Jair Bolsonaro. Segundo fontes do setor, a investida da companhia atende a um pedido de Lula, que por diversas vezes já reclamou do preço do botijão de gás.

Na quinta-feira (7), o Conselho de Administração da Petrobras, que se reuniu para aprovar os resultados do segundo trimestre, aprovou a inclusão da volta ao segmento do GLP no Plano Estratégico da companhia.

Segundo o comunicado oficial da Petrobras, o objetivo é entrar em negócios rentáveis e por meio de parcerias nas atividades de distribuição, como "atuar na distribuição de GLP", "integrar com demais negócios no Brasil e no mundo" e "oferecer soluções de baixo carbono para seus clientes".

Em evento recente em São João da Barra, no norte do Rio, o presidente Lula voltou a criticar o valor do botijão pago pela população. Ele havia pedido pressa ao Ministério de Minas e Energia (MME) para anunciar a medida que vai beneficiar as famílias do CadÚnico.

— Vamos anunciar, não sei como é que vamos anunciar, mas tem que ser logo. As pessoas mais humildes deste país vão parar de pagar o gás a R$ 140. Não é possível que a Petrobras consiga tirar o botijão de 13 quilos por R$ 37, e a pessoa, na sua casa, compre a R$ 130 ou R$ 140 — afirmou o presidente, acrescentando:

— Tem muita gente ganhando dinheiro — ou melhor, pouca gente ganhando dinheiro às custas do sofrimento de muitos. Então, nós vamos garantir que 17 milhões de famílias mais pobres tenham o gás de graça para poder cozinhar seu feijão e seu arroz.

Ele criticou também as pessoas que afirmam que ele governa para os pobres:

— As pessoas vão dizer: "Mas isso é governar para o pobre". Mas não é governar para o pobre, é governar para o rico. Quando o pobre tem dinheiro, ele não vai depositar no Tesouro. Ele vai depositar na barriga dele. Ele vai comprar o que comer. Quando ele compra o que comer, quem vai ganhar é quem produz. E quem produz vai ganhar, mas também quem vende vai ganhar.