BRASIL

Ministério da Gestão nega acerto sobre reforma administrativa com relator da proposta no Câmara

Em entrevista ao Globo, Pedro Paulo havia dito que alterara uma dos pontos da proposta

Fachada do Ministério da Gestão e Inovação (MGI) - Divulgação/MGI

O Ministério da Gestão negou que tenha negociado algum ponto da proposta da reforma administrativa, relatada pelo deputado Pedro Paulo (PSD-RJ). Em entrevista ao Globo, Pedro Paulo afirmou que havia alterado uma dos pontos da sua proposta.

O deputado queria instituir o teto salarial do funcionalismo para os executivos de estatais não dependentes e não listadas na Bolsa, como Caixa e BNDES. Segundo ele, contudo, após conversa com o governo, a proposta deve excepcionalizar o presidente e os vice-presidentes das empresas.

Pedro Paulo, que é coordenador do Grupo de Trabalho da reforma, deve apresentar o relatório nas próximas semanas.

--- Para ser secretário, ou até para ser presidente de empresa no nível municipal, tem que seguir o teto do serviço público. E por que determinadas estatais do governo federal não dependentes e que não estão listadas em Bolsa, não? Isso é até mecanismo interessante para estimular que o próprio funcionário público dessas estatais ocupe essas posições. E diminui a politização. Valeria para Caixa, BNDES, Dataprev, Serpro (por exemplo). --- disse Pedro Paulo.

--- Estão excluídos o presidente e o vice-presidente, não era o meu desejo inicial, mas, em conversa com o governo federal, foi um dos pontos que a gente negociou. É de diretor para baixo.

Em nota, porém, o Ministério da Gestão afirmou, em nota, que "não negociou nenhum ponto da Reforma Administrativa com o grupo de Trabalho coordenado pelo deputado Pedro Paulo".

"Em reuniões técnicas, a equipe do MGI apenas comentou propostas iniciais do GT e apresentou pontos que já estavam na agenda do ministério, como a avaliação de desempenho", disse, reconhecendo a importância das discussões em curso sobre o assunto no Legislativo.