"Nada foi decidido", diz Celso Sabino após ultimato do União Brasil para deixar governo
Ministro do Turismo afirmou que não há decisão sobre sua saída do governo Lula
O ministro do Tursimo, Celso Sabino (União-PA), afirmou que não há decisão sobre sua saída do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, mesmo diante do aumento da pressão da cúpula da sigla para desembarcar da gestão petista.
"Nada foi decidido, nenhuma saída foi conversada. Inclusive, estou hoje inaugurando obras relativas à COP 30, continuando meus trabalhos", afirmou o ministro nesta sexta-feira (29).
Segundo dirigentes do partido, Sabino procurou ontem o presidente do União Brasil, Antonio Rueda, para tentar convencê-lo a dar um aval para a permanência no governo. O presidente do partido não atendeu ao pedido do ministro e disse que, se ele não sair do governo, será expulso do partido. A avaliação na sigla é que ele deve optar por deixar o cargo de ministro para não ter que procurar uma nova sigla.
A Executiva Nacional do União tem reunião marcada para a terça-feira que vem, quando pretende aprovar uma resolução para impedir que filiados exerçam cargos no governo do presidente Lula. A decisão pouparia as principais indicações do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), que apadrinhou os ministros Frederico Siqueira (Comunicações) e Waldez Góes (Integração Nacional), mas que não são filiados ao partido.
A cúpula do União Brasil entende que ter um filiado como ministro de Lula é algo insustentável após ele deixar claro a indisposição pessoal com o presidente do partido, Antonio Rueda. Já havia uma movimentação para desembarcar da Esplanada até o fim do ano, após a federação com o PP ser aprovada pela Justiça Eleitoral, mas a decisão deve ser adiantada para semana que vem depois da fala do presidente na reunião ministerial.
Conforme mostrou o GLOBO nos últimos dias, a pressão de Lula para que os ministros do Centrão defendam mais o governo das críticas dos dirigentes de seus partidos provocou insatisfação em parte das legendas.
A decisão vai ser centrada no ministro do Turismo, Celso Sabino, que é o único formalmente filiado à legenda no primeiro escalão.