Caracas diz que EUA "triplicou" voos de aviões espiões "contra" Venezuela
Ministro da Defesa do país sul-americano disse que agora o país da América do Norte posiciona navios de guerra no Caribe
O ministro da Defesa da Venezuela, Vladimir Padrino López, afirmou neste domingo (14) que os Estados Unidos triplicaram em agosto o envio de aviões espiões "contra" a Venezuela, além de posicionar navios de guerra no Caribe, o que Caracas considera uma ameaça.
"Agora passaram de um padrão diurno para fazê-lo à noite e de madrugada e triplicaram em agosto as operações de inteligência e exploração contra a Venezuela", disse Padrino ao apresentar um balanço de um treinamento militar no sábado para ensinar civis a disparar.
Por exemplo, Padrino disse que na noite de sábado detectaram aviões-tanque que fornecem combustível às aeronaves espiãs RC-135.
Esses aviões são "projetados para coletar e processar informação em tempo real, até 200 milhas, ou seja, seu alcance chega ao território venezuelano", acrescentou.
"Outro avião que passa também com muita frequência (...) sobre o Caribe perto das costas venezuelanas é o E-3 Sentry AWACS", apontou.
Na véspera, Caracas denunciou que militares americanos retiveram por oito horas um barco pesqueiro que navegava em águas do Caribe venezuelano.
"Sabemos a mobilização que têm no mar do Caribe com toda a intenção de semear uma guerra no Caribe, uma guerra que não queremos os venezuelanos, não querem os povos do Caribe", afirmou Padrino López.
Os Estados Unidos justificam a presença de navios militares no Caribe sob o argumento do combate ao tráfico de drogas.