BRASIL

Homem xinga e cospe em filha de ministro do STF em universidade do Paraná: "Lixo comunista"

Advogado e marido de Melina Fachin denunciou 'agressão covarde' em comunicado nas redes sociais

Melina Fachin, advogada e professora da UFPR - Reprodução

A professora e diretora do Setor de Ciências Jurídicas da Universidade Federal do Paraná (UFPR), Melina Fachin, foi alvo de agressões verbais e de uma cusparada no campus da instituição. Filha do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Edson Fachin, ela foi chamada de "lixo comunista" por um homem no momento em que deixava a Faculdade de Direito da instituição, na última sexta-feira.

Melina ainda não se pronunciou sobre o episódio. Já o advogado e marido dela, Marcos Gonçalves, denunciou o que chamou de "agressão covarde" num comunicado nas redes sociais. Segundo ele, um homem branco, que não se identificou, se aproximou e desferiu uma cusparada na professora enquanto a xingava.

"Esta violência é fruto da irresponsabilidade e da vilania de todos aqueles que se alinharam com o discurso de ódio propalado desde o esgoto do radicalismo de extrema direita, que pretende eliminar tudo que lhe é distinto", escreveu Gonçalves, na nota.

 
 
 
 
 
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O autor da agressão não foi identificado. O advogado atrelou o episódio a outro momento de tensão na universidade, na terça-feira passada. Na ocasião, estudantes bloquearam o acesso ao prédio do Direito da UFPR, que receberia o evento "Como o STF tem alterado a interpretação constitucional?".
 

 



O painel havia sido organizado por apoiadores de Jair Bolsonaro em meio ao julgamento da Corte sobre a trama golpista. (Fachin não compõe a Primeira Turma do STF, que acabou por condenar o ex-presidente e outros sete réus do chamado "núcleo crucial" da tentativa de tomada de poder em 2022.)

A universidade cancelou o encontro, mas o vereador Guilherme Kilter (Novo-PR) e o advogado bolsonarista Jeffrey Chiquini teriam tentado entrar no local. "Provocação, tumulto e desrespeito às instituições", citou Gonçalves, sobre o caso de terça. Ele citou a ocorrência de violência policial contra os estudantes e enviou recado a bolsonaristas.