Conflito

Trump diz que Estados Unidos 'eliminaram' no total três barcos venezuelanos

Presidente confirma um segundo ataque americano contra embarcações que supostamente traficavam drogas no Caribe

Navios de guerra americanos na costa da Venezuela - Theoplis Stewart II/Comando Central das Forças Navais dos EUA/AFP

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse, nesta terça-feira (16), que seu país "eliminou" três embarcações no total em frente à Venezuela, um dia após confirmar um segundo ataque americano contra lanchas que supostamente traficavam drogas no Caribe.

"Na verdade eliminamos três embarcações, não duas, mas [vocês] viram duas", afirmou Trump a jornalistas na Casa Branca antes de partir para o Reino Unido para uma visita de Estado.

"Parem de enviar drogas para os Estados Unidos", declarou ele em resposta a um jornalista que lhe perguntou qual mensagem ele queria enviar ao presidente venezuelano, Nicolás Maduro.

O governo americano não forneceu imediatamente mais detalhes sobre o local exato ou a data deste terceiro ataque.

Um ataque inicial dos EUA a uma lancha suspeita de transportar traficantes de drogas havia, segundo Donald Trump, deixado onze mortos em 2 de setembro no Caribe, para onde os Estados Unidos enviaram forças militares.

Donald Trump então mencionou na segunda-feira, em sua plataforma Truth Social, outro ataque "na área de responsabilidade do Southcom", o comando militar dos EUA para a América do Sul e o Caribe.

Este ataque matou três "narcoterroristas" venezuelanos, afirmou ele em uma mensagem acompanhada de um vídeo mostrando uma lancha parada, com pessoas a bordo, explodindo em alto-mar.

Os Estados Unidos acusam Maduro de liderar uma rede de tráfico de drogas, o Cartel de los Soles, cuja existência é objeto de debate.

"Há uma agressão militar em andamento e a Venezuela está autorizada pelo direito internacional a enfrentá-la", declarou Maduro durante uma coletiva de imprensa na segunda-feira.

O país exercerá seu "direito legítimo de se defender", alertou Maduro, que chamou as acusações dos EUA de "mentiras" e afirmou que a cocaína exportada para os Estados Unidos, o maior consumidor mundial, transita principalmente pelo Pacífico e pelos portos do Equador.