Praça Dezessete é reinaugurada no Recife e ficará sob cuidados do TJPE por cinco anos
Equipamento recebeu mais iluminação para a segurança das pessoas que frequentarem o espaço
Importante espaço da história do Recife, a Praça Dezessete (1817), localizada no bairro de Santo Antônio, área central da capital pernambucana, foi reinaugurada e entregue à população nesta segunda-feira (23).
A Praça Dezessete foi revitalizada pela Prefeitura do Recife e adotada pelo Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE), que ficará responsável pela manutenção do equipamento por cinco anos.
Presente na cerimônia de reinauguração, o presidente do TJPE, desembargador Ricardo Paes Barreto, destacou a revitalização da praça e o papel do tribunal em adotar o equipamento.
“A Praça Dezessete estava toda pichada, destruída, e agora ela foi totalmente reformada. A partir de agora, o TJPE cuidará para que ela fique sempre bonita e bem tratada. É uma satisfação muito grande poder, junto com todos que compõem o Tribunal de Justiça, manter esse patrimônio pernambucano de forma tão bonita e singela, para que nós possamos sentar e apreciar a sua beleza”, destacou o desembargador.
O prefeito do Recife, João Campos, também esteve presente durante a reinauguração do equipamento. Ele destacou a adoção do equipamento por parte do TJPE
“A gente está diante de algo de símbolo muito forte e concreto também. A Praça Dezessete é uma área de preservação histórica. E esse compromisso de adoção do Tribunal de Justiça tem um valor afetivo e simbólico muito forte, porque significa o cuidado com a cidade e com as pessoas”, afirmou João Campos.
Reinauguração da Praça Dezessete
Dentre as reformas realizadas na Praça estavam a recuperação de duas esculturas, criadas por Roberto Burle Max, em 1934.
Uma das esculturas, na parte oeste, é o Monumento à Liberdade, em frente à Igreja do Espírito Santo. Trata-se de uma fonte doada, em 1846, pela Companhia Beberibe, de abastecimento de água, homenageando povos nativos brasileiros, símbolo do Brasil.
Outra é o Monumento ao Aviador, na parte leste da praça, doado pela Comunidade Portuguesa do Recife. A escultura marca o pouso dos aviadores lusitanos Sacadura Cabral e Gago Coutinho na travessia mundial do Atlântico Sul em hidroavião, em 1922.
O espaço também conta agora com mais iluminação para as pessoas que ali frequentam.
O vereador do Recife responsável por viabilizar o projeto para reestruturação do equipamento, Carlos Muniz, ressaltou as reformas feitas na praça e pediu a colaboração da população em não vandalizar o espaço.
“Este complexo aqui vai funcionar para os recifenses contemplarem esses espaços. A igreja vai poder ter todos os seus atos com segurança - batizado, missa de sétimo dia, casamentos. É um espaço muito importante e que tem muita história, mas que ninguém vinha mais porque estava totalmente degradado. Então Recife traz de volta aquilo que a população precisa, e agora a população precisa colaborar, sem vandalismo e usando os ambientes para convivência”, afirmou.
Relação do TJPE com a Praça Dezessete
A Praça Dezessete, que homenageia a Revolução Pernambucana, em 1817, fica ao lado do Fórum Thomaz de Aquino, sede da Corregedoria-Geral da Justiça do TJPE, ocupando as antigas instalações do Grande Hotel do Recife. Este, por sua vez, foi construído onde existia o Colégio dos Jesuítas do Recife, em frente ao qual havia o Largo do Colégio.
O Colégio dos Jesuítas, desativado no século XVII, passou a ser sede do Governo do Estado. Em uma de suas salas foi instalado, em 1822, o Tribunal da Relação de Pernambuco, nome original do TJPE. Por isso, seu largo, hoje praça, tem especial apreço da Justiça de Pernambuco que, em 1930, depois de ocupar outros endereços, inaugurou sede própria, o Palácio da Justiça.
Segundo o TJPE, além da importância para a justiça estadual, o valor da Praça Dezessete também abrange a história da cidadania do Recife e de Pernambuco.