Justiça

Polícia prende mulher suspeita de aplicar golpe do 'Boa Noite, Cinderela' contra turistas no Rio

Paloma Cristina Cavalcanti Bacalhau foi detida em Duque de Caxias; ela já havia sido identificada em seis inquéritos apenas no ano passado e vitimou estrangeiros e brasileiros

56ª Delegacia de Polícia do Rio de Janeiro - Polícia Civil do Rio de Janeiro/Divulgação

A Polícia Civil do Rio prendeu, na manhã desta terça-feira, Paloma Cristina Cavalcanti Bacalhau, acusada de aplicar o golpe conhecido como “Boa Noite, Cinderela” contra turistas. A operação foi realizada por agentes da 12ª DP (Copacabana), com apoio da Delegacia Especial de Apoio ao Turismo (Deat), que cumpriram dois mandados de prisão preventiva em seu nome. A criminosa foi localizada em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense.

Segundo as investigações, Paloma já havia sido denunciada em diversos inquéritos por roubos cometidos com o uso de substâncias para dopar as vítimas. Somente em 2024, ela foi identificada em seis procedimentos policiais por crimes dessa natureza. Entre os alvos da criminosa estão turistas estrangeiros da Alemanha, Suíça e Noruega, além de viajantes de São Paulo e Minas Gerais.

Após dopar as vítimas, Paloma levava bens de valor dos imóveis e pertences pessoais, como notebooks, televisores, celulares, relógios, perfumes e dinheiro. Os cartões bancários também eram utilizados em compras e saques, gerando prejuízos significativos.
 

De acordo com a polícia, a acusada raramente agia sozinha. Em quase todos os casos, contou com a participação de Eduardo Fonseca de Freitas, preso em flagrante em dezembro do ano passado quando tentava aplicar o mesmo golpe. Na ocasião, a vítima conseguiu acordar e acionar a Polícia Militar, o que levou à prisão do comparsa. Ele, no entanto, foi solto em 25 de junho deste ano para responder ao processo em liberdade.

O delegado titular da 12ª DP, Ângelo Lages, destacou a importância da prisão para a segurança dos turistas que visitam o Rio:

— Trata-se de uma criminosa contumaz, já identificada em diversos inquéritos, e cuja prisão é fundamental para a ordem pública e para evitar até mesmo a morte de eventuais vítimas — afirmou.

As investigações seguem em andamento para apurar a participação de outros envolvidos e mapear a extensão dos crimes cometidos por Paloma e seus comparsas.