Europa deve "redobrar" esforços contra mudanças climáticas, anuncia agência da UE
Natureza no continente "segue a degradação, a superexploração e a perda de biodiversidade", indicou a agência
A Europa deve “redobrar” seus esforços para fazer frente ao aquecimento global e proteger seu meio ambiente, cujo estado geral “não é bom”, anunciado nesta segunda-feira (29, dados locais), em um relatório, a Agência Europeia de Meio Ambiente (AEMA).
“Foram alcançados avanços significativos na redução das emissões de gases do efeito estufa e da poluição atmosférica, mas o estado geral do meio ambiente na Europa não é bom”, indicou a agência em comunicado.
O chega depois que os Estados-membros da União Europeia não foram capazes de apresentar, na cúpula climática da ONU da semana passada, um plano formal para uma maior redução das emissões de gases do efeito estufa até 2035.
O bloco tampouco conseguiu chegar a um acordo sobre uma proposta ambiciosa da Comissão Europeia para reduzir em 90% as emissões até 2040, em comparação aos níveis de 1990.
As emissões de gases do efeito estufa na União Europeia caíram 37% desde 1990, muito acima de outros grandes poluidores como China e Estados Unidos, graças à redução do uso de combustíveis fósseis e à duplicação da energia renovável desde 2005.
Mas os países europeus devem "redobrar a aplicação de políticas e ações de sustentabilidade a mais longo prazo já acordados no âmbito do Pacto Verde Europeu", adotado durante o mandato anterior da Comissão Europeia, reivindicou a AEMA.
A natureza no continente “segue a degradação, a superexploração e a perda de biodiversidade”, indicou a agência, que reuniu dados de 38 países de toda a Europa para o seu relatório.
A água, em particular, é um recurso cada vez mais escasso, e a terra é superexplorada.
Cerca de 81% dos habitats protegidos estão em mais ou péssimas condições, entre 60% e 70% dos solos estão degradados, e 62% das massas de água não estão em bom estado ecológico, segundo o documento.
No geral, as características meteorológicas e climáticas extremas — como ondas de calor, inundações, penetração de terra e incêndios florestais — causaram mais de 240 mil mortes entre 1980 e 2023 em 27 países da União Europeia.