opinião

O mundo surtou novamente

Durante um surto psicótico o paciente pode apresentar alucinações, ansiedade, agressividade, pensamento ou comportamento desorganizado, discurso confuso, incoerente, narrando histórias que não existem, alterando pensamentos e comportamento inadequado para a situação, e percepção sem sentido dos acontecimentos a sua volta.

Infelizmente todos os chamados “humanos” estão sujeitos a esse sombrio episódio, ocorre que quando acometido desse grave distúrbio, desprovido dos limites impostos pelas regras elementares, que regem a interação entre os indivíduos, o enfermo pode irradiar padrões de comportamento cooptando os que o cercam, pior ainda, quando os perturbados são “chefes”, por delegação legal ou por imposição do poder, financeiro ou bélico, clássicos instrumentos de persuasão no contexto do “manda quem pode, obedece quem tem juízo”.

Imaginem esse tipo de situação com efeito ampliado, coletivo no âmbito do grupo ou grupos, em pequena ou grande escala, chegando até mesmo a países, atormentados pela hipnótica contaminação irradiada por seus respectivos líderes, a história da humanidade registra vários casos, alguns de grande destaque no passado remoto ou recente, até mesmo no hoje, que estamos assistindo e sofrendo na pele e na alma, a exemplo das atrocidades praticadas pelos romanos contra os cristãos na antiguidade, no mundo contemporâneo na primeira e principalmente na Segunda Guerra Mundial com Adolf Hitler, Mussolini, Stalin, e outras bestas feras semelhantes, em surto psicótico, deflagrando a crueldade absolutamente desumana e injustificável, que hoje agora se repete, com seguidores apaixonados até mesmo dentro da nossa taba tupiniquim, bradando vivas, paixão e eterna subserviência aos torturadores da ditadura perversa, quase reeditada com o concurso de loucos de dentro e de fora de casa. 

Outrossim, como tudo tem seu tempo, seu limite, como já vimos em outras indeléveis passagens históricas, apresenta-se, pelo menos em teoria, com base nas regras e condições estabelecidas nas condições gerais escolhidas pela vontade popular de algumas nações ditas democráticas, afirmando que o “manda quem pode”, tem data de início e de término, representando na pior das hipóteses, se o princípio é pra valer e ser obedecido, talvez estejamos quem sabe, há menos de três anos de uma mudança, queira Deus que seja para melhor, principalmente lá fora, de onde emanam as ameaçadoras iniciativas, por parte dos que se intitulam donos do mundo, candidatos por incrível que pareça ao “Nobel da Paz”, na certeza absoluta de que são merecedores da augusta premiação.

A novidade oferecida pela inteligência artificial alerta que o que até então entendíamos como vidência, premonição, e coisas do gênero não aludem ao sobrenatural, são pré-avisos concretos, frutos de avaliação e previsões que podem e até deverão ocorrer, face ao somatório de movimentos e induções que apontam às consequências inevitáveis, para o bem ou para o mal, prenúncios do que temos assistido em nível global, que sinalizam para o risco do armagedom, que já deixou de ser apenas uma pouco provável hipótese para se tornar uma ameaça real, a excitar a imaginação doentia dos tiranos da nossa era, narcisos esbeltos e malhados, prontos para a guerra como manda o figurino dos deuses, que não perceberam que mais importante do que ter poder é ter e distribuir a paz.



___
Os artigos publicados nesta seção não refletem necessariamente a opinião do jornal. Os textos para este espaço devem ser enviados para o e-mail cartas@folhape.com.br e passam por uma curadoria antes da aprovação para publicação.