FISCALIZAÇÃO

Metanol: Vigilância Sanitária de Olinda prepara fiscalização de bebidas na Orla e no Sítio Histórico

Pernambuco já registrou três mortes suspeitas de contaminação por metanol em bebidas alcoólicas adulteradas

Pernambuco já registrou três casos de intoxicação por metanol - Adobe Stock

Equipes da Vigilância Sanitária da Secretaria de Saúde de Olinda realizam, neste fim de semana, uma fiscalização em bebidas comercializadas na Orla e no Sítio Histórico da cidade.

De acordo com a Prefeitura de Olinda, a ação é uma forma de prevenção da gestão após Pernambuco registrar três mortes suspeitas de contaminação por metanol em bebidas alcoólicas adulteradas.

Até o momento, o município não registrou nenhum caso de intoxicação por ingestão da substância.

No estado, duas das mortes suspeitas são em Lajedo, no Agreste, e a terceira em João Alfredo, na mesma região. Outro caso suspeito de intoxicação é investigado em Lajedo, de um paciente que perdeu a visão.

"Essa ação tem papel fundamental, mesmo sem casos em Olinda. É uma ação preventiva, que reduz o risco, evitando que bebidas adulteradas circulem no comércio e cheguem à população. A Vigilância Sanitária garante que, mesmo na ausência de notificação, a população esteja protegida diante de um risco que já foi identificado em outros territórios", disse a diretora de vigilância em saúde de Olinda, Dejanine Araújo.

Durante a fiscalização, a Vigilância Sanitária acompanhará o modo de preparo e como as bebidas estão sendo manuseadas nos comércios formal e informal da cidade.

A ação na Orla e no Sítio Histórico será feita no sábado (4), das 8h às 14h, e no domingo (5), das 15h às 21h.

Apevisa orienta população
A Agência Pernambucana de Vigilância Sanitária (Apevisa) divulgou, nesta quarta-feira (1º), uma nota técnica conjunta com a Secretaria Executiva de Vigilância em Saúde e Atenção Primária (SEVSAP) e a Secretaria Executiva de Atenção à Saúde (Seas), orientando serviços de saúde, vigilâncias sanitárias municipais e a população sobre os riscos da intoxicação por metanol associado ao consumo de bebidas alcoólicas adulteradas. 

Para a população, a Apevisa recomenda atenção redobrada na compra de bebidas alcoólicas, observando indícios de adulteração, como ausência de registro no Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), rótulo incompleto, lacres ou tampas danificados, erros ortográficos ou alterações em logotipos. 

A agência também reforça a importância de comprar apenas em locais confiáveis e desconfiar de preços muito abaixo do mercado.

O estado conta com o Centro de Informação e Assistência Toxicológica de Pernambuco (CIATox-PE), que funciona 24 horas para orientar consumidores e profissionais de saúde, pelo número 0800 722 6001. 

Denúncias também podem ser feitas à Ouvidoria da SES-PE (136 / ouvidoria@saude.pe.gov.br), ao Procon-PE (0800 282 1512 / (81) 3181-7000 / denuncia@procon.pe.gov.br) e à Delegacia de Crimes contra o Consumidor – Decon (81) 3184-3835 / dp.consumidor@policiacivil.pe.gov.br).

O que fazer em caso de intoxicação por metanol
Os sintomas iniciais de intoxicação por metanol podem se confundir com os da ingestão de álcool comum, como náuseas, vômitos, dor abdominal, tontura e sonolência. Entre seis e 24 horas após o consumo, porém, podem surgir sinais graves, como visão turva, fotofobia, cegueira, convulsões, coma e acidose metabólica.

Diante desses sintomas, o Ministério da Saúde orienta que o paciente procure o atendimento médico no serviço de emergência mais próximo a sua casa para investigação, diagnóstico e tratamento adequado.  

A orientação é que, ao chegar à unidade de saúde, a pessoa com sintomas informe que consumiu bebida alcoólica e em qual contexto. O ideal é que o paciente relate, por exemplo, se esteve em uma festa antes de procurar atendimento no SUS, que tipo de bebida ingeriu, se haviam rótulos nas embalagens e qual foi o horário da ingestão.  

Com informações da assessoria