De Dna Brites à Dna Raquel: 472 anos de história
Chova ou faça sol a cana-de-açúcar continua resistindo a todas as intempéries climáticas, políticas, econômicas e outras em Pernambuco e no Nordeste como um todo, permanecendo desde prisca eras como o carro chefe de nosso esforço econômico e social, não por masoquismo canavieiro, mas sim por se tratar de inconteste importância econômica e social para nosso povo.
A presença da governadora Raquel Lyra prestigiando mais uma safra levada a cabo na Usina COAF/Cruangi, sob a profícua liderança de Alexandre Lima presidente da AFCP/COAF, ex-presidente da FEPLANA — Federação dos plantadores de Cana do Brasil, da UNIDA— União Nordestina dos Produtores de Cana, e seus abnegados companheiros produtores, restaurando o protagonismo da categoria como “Fornecedores processadores agroindustriais” no bem-sucedido modelo cooperativo, que tem ajudado a suprir a ausência do antigo IAA — Instituto do Açúcar e do Álcool, verdadeira “Agência Reguladora” na proteção ao Nordeste Canavieiro, inclusive na luta pela restauração do mecanismo da subvenção à cana na região, fundamental à sobrevivência e competitividade da atividade no Nordeste comparativamente com os menores custos de produção praticado no Sudeste.
O evento programado para esta semana na COAF é cercado de importante simbolismo, representado pela presença do setor público, com a participação da Governadora, representando apoio e preocupação com a atividade, num momento crítico que o Setor vem atravessando pelo forte comprometimento do valor dos produtos finais no mercado atual.
Desde 1550 na gestão da então governadora de Pernambuco Dona Brites de Albuquerque até a Gestão da nossa governadora Raquel Lyra em 2025 no curso de seu mandato, são decorridos 475 anos de história, e 107 anos de Cruangi, fundada em 1918 pela sociedade Andrade, Queiroz e cia no Engenho Genipapo em Timbaúba, por iniciativa de Manoel Caetano Pereira de Queiroz.
Aproveito o ensejo para reafirmar como consultor do Setor, meu compromisso com a saga canavieira que herdei de minha família, em especial de meu pai Gomes Maranhão, ex-prefeito de Aliança, Nazaré da Mata e Bom Jardim, municípios canavieiros da Mata Norte, ex-secretário de Agricultura, Indústria e Comércio do Estado, ex-presidente do antigo Instituto do Açúcar e do Álcool — IAA, que apaixonado pela temática canavieira afirmava, que tinha virado jornalista para falar de cana-de-açúcar.
Dizem que “filho de peixe, peixinho é”, sendo assim, conservo com muito orgulho há mais de quarenta anos no trato de assuntos do setor, como consultor em várias vertentes da multissecular saga canavieira sob a ótica pública ou privada, e me alegro a cada safra como a que ora se inicia, comemorando na presença da ilustre gestora e amiga governadora Raquel Lyra, nossa safra de número 475 mais vivos do que nunca, para justificar as razões da cana de açúcar estar presente no Brasão de Pernambuco como privilegiado pilar de sustentação econômica e social para o nosso povo.
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