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"Coragem para ousar", diz Becker sobre maior aprendizado no Náutico

Presidente do Timbu destacou que precisou deixar postura cautelosa de lado e apostar no incremento do orçamento para o clube conseguir o acesso à Série B

Bruno Becker, presidente do Náutico - Gabriel França/CNC

Para o Náutico encerrar a temporada 2025 celebrando o acesso à Série B do Campeonato Brasileiro, foi preciso “coragem e ousadia”. Foram esses os termos usados pelo presidente do clube, Bruno Becker, para explicar a mudança de planejamento que precisou ser feita no Timbu. A maior lição absorvida pelo gestor no biênio à frente da instituição. 

 

A mudança

“Meu maior aprendizado foi ter coragem para ousar. Começamos o ano de forma cautelosa com a questão orçamentária. Não tivemos sucesso no Pernambucano e pagaremos o preço no ano que vem (sem participar da Copa do Nordeste e da Copa do Brasil). Mas na Série C, quando perdemos o primeiro jogo, decidi que era preciso mudar o comando”, iniciou.

A alteração foi a saída do técnico Marquinhos Santos e a chegada de Hélio dos Anjos. Mas era preciso ir além também na questão financeira. 

“Vi que também era necessária a ousadia para investir. Nossa folha, no começo do ano, estava em R$ 650 mil. No final, ela estava beirando R$ 1,2 milhão. Isso aconteceu porque tivemos a coragem de tomar essa decisão, com um cenário que deu certa tranquilidade de que a gente, mesmo com dificuldade, conseguiria chegar ao jogo final com a questão salarial estabilizada”, frisou.

Com direito a premiação acima de R$ 1 milhão após acesso, o Náutico terminou a temporada atingindo o principal objetivo do ano e garantindo, para 2026, uma receita maior. A projeção de cotas brutas das receitas de transmissão da Série B para o Timbu é de pouco mais de R$ 13 milhões. No marketing, os valores devem pular de R$ 8 milhões para R$ 20 milhões. O orçamento geral dos alvirrubros pode superar a casa dos R$ 60 milhões.

Torcida

O presidente também destacou a maior sintonia entre os torcedores e o clube em 2025. Parceria que ele espera ampliar no ano que vem.

“A relação entre clube e torcida foi um marco, culminando na festa do acesso. Mas há vários exemplos: modificamos a chegada da delegação, tendo uma proximidade maior com os torcedores. Criamos mais atrações em outros setores do estádio e diversificamos com postagens envolvendo músicas de outros gêneros, indo do rap ao brega funk. Isso também fez parte da nossa nova modelagem. A ideia de um Náutico aristocrático ficou para trás”, declarou.

A última vez que o Náutico disputou a Série B foi em 2022. Para a edição de 2026, o Timbu terá a companhia de outras equipes que também subiram de divisão: São Bernardo, Londrina e Ponte Preta. 

Tubarão e Macaca, aliás, disputam o segundo jogo da final da Série C deste ano no fim de semana. O confronto será no Moisés Lucarelli. Na ida, no Paraná, o duelo ficou no 0x0.